sábado, 19 de setembro de 2015

COMO CONSTRUIR UM TCC DE GEOGRAFIA




Chegar à universidade cursando Geografia é um objetivo para qualquer estudante que busca de oportunidades de crescimento profissional na área de ensino e pesquisa, entretanto para concluir o curso licenciatura em Geografia é preciso passar por uma tarefa final que costuma gerar ansiedade em muitos estudantes o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Eu particularmente já naveguei bastante na internet em busca de modelo que auxiliasse minhas tarefas de orientação de TCC é o melhor site que em termos de orientação de TCC entre tantos outros de grande qualidade eu particularmente recomendo o da FIOS (Faculdade de Ourinhos. Clique nome nome grifado e lincado para conhecer: Faculdade de Ourinhos.

SEVERINO (2004) afirma que é preciso que o estudante se conscientize de que doravante o resultado do processo de formação profissional depende fundamentalmente dele mesmo. O aprofundamento da vida científica passa exigir do estudante uma postura auto didática que será, sem dúvida, crítica e rigorosa. Afirma ainda que o estudante tem de se convencer de que sua aprendizagem é uma tarefa eminentemente pessoal.

Dessa forma que o interessado tem de se transformar num estudioso que embora se encontre em ensino universitário, está apenas em um ponto de partida, um limiar a partir do qual constitui todo atividade de estudo e pesquisa, que lhe possivelmente vai lhe proporciona instrumentos de trabalho criativo em sua área de escolha e identificação.
O TCC, atualmente é exigido em praticamente todos os cursos de graduação de universidades e faculdades do país, é um trabalho científico a ser elaborado pelos alunos que estão terminando um curso superior, e que tem caráter monográfico, ou seja, se refere a um tema específico.

Apesar de ser temido por muitos alunos, o Trabalho de Conclusão de Curso pode ter seus principais obstáculos contornados com algumas dicas importantes de como elaborar um TCC de sucesso na área de Geografia nesse artigo.

A fixação do tema é o primeiro passo para a elaboração do trabalho de conclusão de curso, exigindo algumas cautelas por parte do formando. Um Trabalho de Conclusão de Curso precisa ser feito com prazer, e não somente por obrigação, por isso e necessário que o tema seja agradável a quem pesquisa o que não significa que não deva ter uma relevância social. Nessa caminhada acadêmica de construção textual é natural que surjam duvidas, por exemplo: Que tema escolherei? Será que vou conseguir terminar o trabalho no tempo certo? Como organizar meu tempo?

Por isso o objetivo desse texto apresentar algumas dicas que, certamente, irão contribuir para esta importante etapa. Esse texto resulta de uma exaustiva pesquisa na internet relacionado ao tema, para que você pesquisador não tenha que ficar buscando em outros sites aquilo que poderia encontrar em um só lugar. Nesse artigos enumeramos 20 dicas fundamentais na elaboração do TCC.

DICAS DE COMO CONSTRUIR UM TCC

1.busque obter na sua IES o regulamento para elaboração do TCC
Esse documento geralmente elaborado pela sua IES e é elaborado pelos departamento de cursos, ou você conversar com o seu coordenador de curso sobre as regras da instituição.

2. Escolha um eixo temático de uma área de geografia do seu interesse, à qual você se identifique e possua afinidades. Uma dica é optar por uma área na qual você tenha trabalhado, estagiado ou, ainda, na qual você veja uma possibilidade de trabalho ou especialização futura. O TCC construído com qualidade pode tornar-se uma opção para um aprofundamento em um curso de pós-graduação. Exemplo: no curso de Geografia, poderíamos selecionar a área de Geografia Física, Geografia Humana ou meio ambiente. 

3. Escolha um tema de geografia do seu interesse. Escolha um assunto pelo qual você se interesse. Se você não se interessar pelo tema, com certeza, ficará muito difícil estudá-lo para elaborar seu trabalho, bem como para defendê-lo perante a banca. Assim, quanto mais atração você tiver pelo tema, mais motivado você estará para desenvolver seu trabalho. Busque selecionar um assunto de acordo com as inclinações, aptidões e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico; veja se há disponibilidade do tempo para realizar uma pesquisa completa e aprofundada; 

A Geografia é dotada de muitos eixos temáticos cujas atribuições podem sediar bons temas/títulos para trabalhos acadêmicos em Geografia:
- Geografia cultural
- Geografia política
- Geografia dos mitos brasileiros
- Geomorfologia: ambiente e planejamento
- Geografia em sala de aula
- Mapas de Geografia e cartografia temática
- Geografia, escola e construção do conhecimento.
- Prospecções para o ensino de Geografia
- Geografia asiática
- Geopolítica
- Geografia e história em foco
- Marxismo e Geografia
- Geografia da Antártida
- O Brasil e sua regiões geoeconômicas
- Geografia e modernidade
- Geografia industrial do mundo
- Geografia para o século XXI
- Secas e Geografia do nordeste brasileiro
- Geografia do subdesenvolvimento
- Geografia do Brasil: aspectos físicos e econômicos
- Geografia do Brasil: aspectos humanos e regionais
4.Cuidado com a questão a sere respondida pelo sua pesquisa porque ele nortear o seu TCC
Tente encontrar um objeto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa. Segundo LAKATOS (2001) afirma que algumas perguntas que podem ser consideras pelos alunos e orientadores durante o processo de escolha do tema:
Quem já pesquisou algo semelhante?
Quais são as fontes disponíveis para a minha pesquisa?
Existem trabalhos semelhantes ou idênticos?
Por que estudar esse tema?
Quais são as vantagens e benefícios que essa a pesquisa irá proporcionar a mim e a sociedade?
Qual a importância do tema sob o aspecto pessoal ou cultural?


5. Nada impede que o assunto seja desconhecido - Entretanto, ficará muito mais fácil o desenvolvimento do trabalho se voçê desenvolver uma pesquisa em uma área que você conhece da área de Geografia e se há bibliografias suficientes para sua fundamentação das idéias. Não se esqueça, ainda, que normalmente são exigidas, no mínimo, três obras que fundamentem sua ideia.

6. Procure delimitar a escala temporal e espacial da pesquisa - Quanto mais específico for o tema melhor, ou ainda em outras palavras quanto mais restrito mais fácil o desenvolvimento da pesquisa, bem como a sua elaboração e conclusão.

Na Geografia, por exemplo, de uso de escala temática espacial e temporal é essencial. Temas montados em escalas muito grande torna-se mais difícil, quanto menor a escala temporal e espacial melhor objetividade na pesquisa, mas por outro lado pode se tornar um problema, principalmente quando não tem material para desenvolver a pesquisa. O tema em escala menor é algumas vezes mais complexo de que uma pesquisa em escala grande, vejamos alguns exemplos;
Eixo: Secas e Geografia do nordeste brasileiro
Escala espacial nacional: Consequência da Secas para o nordeste brasileiro
Escala espacial regional grande: Consequência da Seca para o semiárido do nordeste do Brasil
Escala espacial regional média: Consequência da Seca para o sertão semiárido do nordeste do Brasil
Escala espacial regional estadual: Consequência da seca para o sertão de Pernambuco
Escala espacial regional estadual menor: Consequência da seca para o sertão do Araripe de Pernambuco.
Outra forma de reduzir a escala e definir a temporalidade do evento:
Por exemplo, tomemos o tema já reduzido a escala regional estadual menor de Pernambuco: Consequência da seca para o sertão do Araripe de Pernambuco .

Essa escala pode ainda ser reduzida se queremos estudar em uma escala local, por exemplo: Consequência da Seca para o Sítio Trindade no Sertão do Araripe de Pernambuco.

Note que o sítio é a menor escala espacial do fenômeno.

Agora vamos acrescentar o espaço temporal para o evento, por exemplo, a seca atual que se iniciou em 2010. Dessa forma teríamos; Consequência da Seca atual para o Sítio Trindade no Sertão do Araripe de Pernambuco. Na introdução ou apresentação do tema esclarecemos que temos o objetivo de estudar a Consequência da seca atual para o sertão do Araripe de Pernambuco nos últimos cinco anos.




7. Se for em dupla ou grupo de pesquisa: Algumas instituições de ensino superior permitem que o TCC seja apresentado em grupo ou em dupla. Nesse caso da FABEJA (Faculdade de Belo Jardim ,permite que seja formado dupla. Se esse for seu caso busque escolher as pessoas não somente por afinidades pessoais, mas levando em conta o interesse pelo tema e a disposição em contribuir para o projeto. Afinal, de nada adiantar ter seu melhor amigo trabalho caso ele não seja dedicado. Além de trazer problemas para o trabalho, indisposições como essa pode acabar afetando a relação de vocês. Um erro na escolha do grupo pode vir a ser um grande problema. Uma dica é deixar a amizade e o sentimentalismo de lado e juntar-se a quem tem ritmo de trabalho parecido com o seu.



8. Defina a problemática da pesquisa no tema do trabalho - Ao efetuarmos a delimitação do tema, surgem vários aspectos que podem ser abordados sobre aquele elemento delimitado. Assim, a problemática da pesquisa poderá ser evidenciada pelo tema do trabalho. Por exemplo: “A função social da propriedade da fabrica ....”, ou “As limitações produtivas da propriedade rurual”, ou “As formas aquisitivas da propriedade rural no município tal”, entre outros. Se você, enfim, optar por um tema e durante o desenvolvimento chegar à conclusão de que não foi muito feliz na escolha, não se preocupe: o tema não é definitivo. Converse com seu orientador, exponha suas dificuldades e verifique, de acordo com o cronograma de entrega final na Universidade, a possibilidade de proceder a alteração



9. Escolha um bom orientador -Ao selecionar o orientador do TCC, é preciso ter em mente algumas questões importantes. Primeiramente, escolha um professor que tenha experiência de doutorado ou mestrado no tema que você escolheu, pois somente assim ele poderá contribuir de forma construtiva.

SEVERINO( 2004) asevera que não se deve procurar um orientador enquanto estiver apenas de posse de idéias vagas e propostas genéricas, na esperança de que ele defina as coisas e imponha os seus caminhos. Não se espera do orientador que ele reescreva capitulos por capítulo, ou que ele indique a bibliografia, informe as bibliotecas, dicas de site e outras fontes de pesquisa, etc, a contribuição do orientador será tanto mais enriquecedora, quanto mais alto for o nível de provocação intelectual suscitada pelo orientando. Por isso, antes de procurar o seu orientador o formando deve estudar e aprofundar suas propostas iniciais, mediente leituras, seminários, debates, até que devidamente instrumentado consiga amadurecer um projeto, elaborando-o por escrito. Só então então cabe iniciar sua discussão com o orientador. 

Caso não encontre em seu campus, peça orientação aos professores que lecionam matérias mais próximas ao tema escolhido para indicar um colega que atue em outra área de curso da instituição.

Faça questão de participar de todas as orientações e lembre-se que a responsabilidade pelos encontros é sua, e não dele.
O orientador é quem vai te dar a maior quantidade de instruções, dicas e opiniões profissionais. Com tanta proximidade, o melhor a se fazer é procurar um professor que entenda do assunto a ser trabalhado e tenha um bom relacionamento com você, caso contrário a comunicação pode se tornar bastante difícil. Mesmo analisando bastante, pode acontecer de você se sentir frustrado com a escolha. Neste caso, voçê pode trocar de orientador, mais consulte as regras como o departamento de Geografia.



10 - Só Mude de orientador quando for extremamente necessário - Se as coisas não estão dando certo, é melhor tentar muda-las, afinal o seu diploma depende disso. Mas, antes de ter uma conversa definitiva, fale ao seu orientador sobre o que o está incomodando, e procure o chefe de departamento para reportar os problemas, às vezes nem ele sabe o que está acontecendo e acha que você está gostando da orientação que lhe é passada.



11- Não se deixe levar pelas idéias do trabalho dos colegas - Alguns estudantes ficam paranoícos comparando o andamento do seu trabalho com o dos demais colegas de classe, e muitas vezes com colegas de outras área. Essa condição é uma demosntração de falta de confiança no seu trabalho. Lembre-se que nem sempre a rapidez e a qualidade andam juntas e que cada tema é desenvolvido de uma forma, que pode ser mais ou menos veloz do que o seu. Faça as coisas no seu ritmo e dedique o seu melhor ao projeto.



12- Busque selecionar os dados - Conforme-se: você vai pesquisar e digitar muitas coisas, mas nem todas irão para a sua monografia. Saiba selecionar os materiais que realmente merecem ser publicados e arquive os demais. A escolha de citações, de mapas, de figuras, etc, são processos técnicos fundamentais. Muitas vezes percebe-se em trabalhos de TCC uso de figuras borradas, pequenas, outras vezes uso de mapas inadequados. Normalmente os documentos (mapas, figuras, textos, citações, etc), que se revelam pouco pertinentes ao tema devem ser deixados de lado, principalmente aqueles que não tem fonte de citação dos créditos.

13- Valorize e não falte as aulas de METODOLOGIA CIENTIFIíCA DA PESQUISA, e estude o tema, mas faça isso bem antes de pesquisar e estudar o seu tema ! Leia sobre o assunto e converse com o seu professor Orientador! Não fique com dúvidas! Ler outros TCCs também ajuda muito nesta etapa! Procure trabalhos na biblioteca de sua área.

14- Antes de começar a escrever pra valer o TCC, é de extrema importância construir um PREPROJETO DE PESQUISA, pós será o seu primeiro contato científico com a temática que deseja pesquisar. É nessa fase da construção do preprojeto que verificar-se a nossa pesquisa terá condições de ser realizada. Essa condição é primoerdial, pós so assim, evita-se erros durante o processo de desenvolvimento do TCC. Em geral o anteprojeto é composto de fases mais simples, e apresenta as seguintes etapas: Apresentação (Introdução); Objetivos (Geral e Específicos); Justificativa; Metodologia; Cronograma; e Referências;

15 Aproveite este período para aprender e crescer profissionalmente! Apesar de ser obrigatório para a conclusão do curso (seja uma graduação ou pós), é através do TCC que o estudante tem a possibilidade de demonstrar que está preparado para concluir adequadamente esta etapa inicial da formação profissional. Transforme o seu TCC num trabalho realmente com a sua identidade acandêmica. Se você se dedicou verdadeiramente e foi ético durante a produção do trabalho, certamente voçê também estará pronto para enfrentar a banca de avaliação com segurança e desfrutar deste momento ímpar para qualquer formando! 



16- Um dos melhores sites para contrução do TCC : Um dos melhorees site com dicas que ensina a construir o TCC, inclusive com orientações sobre introdução, apresentação, contextualização do tema, delimitação do estudo, Justificativa, etc., pode ser encontrado no site http://www.portal3.com.br/tcc/dicas.php

17 Cuidado com as fontes citadas em sua pesquisa: É a pesquisa bibliográfica dará respaldo e credibilidade para os assuntos tratados no TCC. Nesse momento é importante resgatar teoria, modelos discutidos pelos autores estudados durante as aulas do curso. Muitas vezes também é preciso fazer pesquisa de campo para recolher dados que serão usados no trabalho. NÃO deixe levar somente pelas fontes disponíveis da INTERNET, muitas vezes os dados estão errados ou sem um cuidado que uma pesquisa deva ter, a falta de bibliografia ou o uso de referências consistentes são os primeiros pontos que a banca examinadora verifica. Muitos alunos priorizam mais os dados da web e esquece o essencial que devia constar na bibliografia. Normalmente, blogs e sites desconhecidos sem referencia não devem ser considerados como fontes. Busque saber como o autor buscou referenciar no livro que foi citado no artigo da internet. Anote o livro, vá até a biblioteca da sua universidade e pesquisa mais. 

18 . Seja ético e evite o plágio – O plágio tem se tornado muito comum nos trabalhos de conclusão de curso devido à facilidade de pesquisas online e a disponibilidade de diversos trabalhos prontos na internet. Se o aluno cometer plágio e for descoberto pode ser punido com a perda do curso.

O Plágio é um dos problemas principais do TCC, é caracterizado no ato de copiar, imitar obra alheia, apresentando como seu, um trabalho intelectual advindo, de fato, de outra pessoa. O ato de reproduzir, ainda que em pequenas partes, um texto, sem citar sua fonte, é também considerado plágio. Outro erro comum e optar por citação incompleta descaracterizando a ideia original, isso caracteriza irregularidade de descumprimento das normas pertinentes à citação e às referências bibliográficas.

A Lei de direitos autorais (Lei n. 9.610) estabelece que reproduzir um texto, ainda que indicando sua fonte, mas sem autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais.Desse modo, é conveniente na elaboração de todo e qualquer trabalho acadêmico, a existência de uma redação própria, autônoma, livre de reprodução indiscriminada do potencial intelectual alheio, podendo porém, buscar o aluno, inspiração conceitual, doutrinária e ideológica em distintas fontes. Entretanto, na confecção de uma pesquisa científica é essencial um estudo profundo que possa embasar conclusões próprias, diretrizes que de alguma forma, possam contribuir no seu crescimento acadêmico.

É bom saber, que a caracterização de plágio em trabalhos acadêmicos pode acionar o rigor da Lei n. 9.610, sujeitando o infrator à punição, e no mínimo sua expulsão da Instituição de Ensino Superior à qual encontra-se vinculado. Por fim a originalidade é imprescindível em todo e qualquer trabalho acadêmico, mas em caso do aproveitamento de citações alheias, estas devem estar corretamente sinalizadas e identificadas. 

19. Estabeleça um cronograma de atividades– Faça um cronograma com as tarefas e cumpra os prazos parciais desde o começo; não deixe tudo para o final; procure seguir a sério seu cronograma elaborado no pré-projeto. Busque definir as tarefas a cumprir com datas e responsáveis logo no começo do processo ajuda a passar por essa etapa de maneira mais tranquila. 

20. Reserve tempo tempo para revisão – É preciso deixar ao menos uma semana para fazer uma revisão final de qualidade. Se não sobrar tempo, o trabalho pode ficar cheio de erros.




21. O aluno comete o erro de achar que o TCC é o momento em que ele deverá inventar algo totalmente novo, que ele deverá propor uma nova teoria. Não é isso! No TCC ele deverá estudar com profundidade um aspecto relacionado a um eixo temático, e deverá provar que sabe fazer isso com competência: que sabe formular um problema de pesquisa, que sabe escolher uma bibliografia, que sabe realizar uma boa revisão bibliográfica, que sabe elaborar um relatório final. Ser capaz de fazer tudo isso não é o mínimo, no sentido de ser pouco. Cumprir essas tarefas de uma maneira correta é trabalhoso à beça, e isso não deve ser subestimado pelo aluno! (JUDENSNAIDER).



22 Qual é o objetivo de sua pesquisa?: Lembre que sua pesquisa tem como meta responde um questionamento, por isso pense bastante no objetivo final de seu trabalho desde o início. São as reresposta ao Objetivo principal e os objetivos especificos que vai lhe conduzir quais caminhos seguir durante a pesquisa e evita que o trabalho perca o foco ao longo no seu incio.


23. Métodos de Pesquisa
A Metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange maior número de itens, pois responde às seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221).
No projeto de pesquisa, a seção da metodologia é redigida com linguagem, essencialmente, no futuro, pois inclui a explicação de todos os procedimentos que se supõem necessários para a execução da pesquisa, entre os quais, destacam-se: o método, ou seja, a explicação da opção pela metodologia e do delineamento do estudo, amostra, procedimentos para a coleta de dados, bem como, o plano para a análise de dados.
O autor do projeto deverá especificar qual tipo de pesquisa foi utilizado no desenvolvimento do estudo. Dentre as modalidades, pode-se destacar:

a) Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida a partir de materiais publicadas em livros, artigos, dissertações e teses. Ela pode ser realizada independentemente ou pode constituir parte de uma pesquisa descritiva ou experimental. Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema.”; 

b) Pesquisa descritiva: para Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), este tipo de pesquisa ocorre quando se registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem manipulá-los (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, p. 79, 2007). » Segundo Barros e Lehfeld (2000, p.71) por meio de pesquisas descritivas, procura-se descobrir com que frequência um fenômeno ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações e conexões com outros fenômenos. De acordo com Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.62), esta modalidade de pesquisa pode assumir diversas formas, como as destacadas, a seguir:

· estudos descritivos: estuda e descreve características, propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada;

· pesquisa de opinião: procura descobrir as atitudes, pontos de vista e preferências das pessoas, a respeito de algum tema, com o objetivo de tomar decisões. Esta modalidade visa a identificar falhas ou erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, reconhecer interesses e outros comportamentos;

· pesquisa de motivação: tem o propósito de descobrir as razões inconscientes e ocultas que levam, por exemplo, uma pessoa a consumir determinado produto, ou que influenciam comportamentos e atitudes;

· estudo de caso: pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade, para analisar aspectos variados sobre sua vida;

c) Pesquisa experimental: ocorre quando manipula-se diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. A manipulação de variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e os efeitos de determinado fenômeno. (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p.61). Para Gil (1989, p.73), “de modo geral, o experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica”;

d) Pesquisa documental: é realizada uma investigação, por meio de documentos, com o objetivo de descrever e comparar os costumes, comportamentos, diferenças e outras características, tanto da realidade presente, como do passado;

e) Pesquisa exploratória: esta pesquisa não requer a formulação de hipóteses para serem testadas, ela se restringe por definir objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo, portanto ela seria um passo inicial para o projeto de pesquisa. A pesquisa exploratória é recomendada quando há pouco conhecimento sobre o problema a ser estudado (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p.61). »

Após apresentar o tipo de pesquisa, devem ser especificadas as técnicas de pesquisa de campo, descrevendo quais instrumentos serão utilizados para obter os dados da pesquisa. As técnicas para se colher os dados podem ser questionários, entrevistas, documentos, formulários, observações, etc.

Em síntese, a metodologia deve conter os seguintes tópicos:
· tipo de pesquisa;
· dados a serem obtidos;
· forma de obtenção dos dados;
· população e amostra (quando for o caso);
· tratamento e análise dos dados (como serão feitos);
· limitações da pesquisa - pontos fracos que a pesquisa pode ter.

FONTES:
SEVERINO, ANTONIO JOAQUIM. Metodologia do Trabalho Científico - 23ª Ed.itora Cortez, São Paulo-SP.2004.
ZUZA ERIKA, 10 dicas para descomplicar o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. http://nominuto.com/
Veja 5 dicas para quem está fazendo um TCC. http://noticias.universia.com.Acesso em 04/01/2015.
Confira 10 dicas essenciais para fazer um bom TCC.http://www.educação uol.com. acesso em 06/01/2015.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
JUDENSNAIDER, Ivy. TCC: escolhendo um tema. Disponível em: www.arscientia.com.br. Acesso em: 03/06/2011

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

GEOGRAFIA O MELHOR CURSO DA FABEJA E DO INTERIOR.

Ranking de universidades coloca Geografia em Primeiro na FABEJA.






O RUF classifica as 192 universidades brasileiras a partir de indicadores de pesquisa, inovação, internacionalização, ensino e mercado. 

A avaliação colocou a faculdade em uma boa colocação.
LEIA O TEXTO DE SABINE RIGHETTI

Também não tinha a menor ideia do que estudaria no curso de jornalismo. Sabia que teria disciplinas como sociologia, algo assim, alguém tinha me dito. Não sabia de muita coisa naquela época, nem sabia direito o que era uma universidade. Mas eu gostava da ideia de ir para uma “universidade” como aquelas que eu via em filmes. Ou como a USP, que um dia, ainda criança, ouvi dizer que era a “melhor universidade do Brasil”. Era mesmo?Eu me lembro como se fosse hoje: aos 17 anos, ouvindo “Enya” no meu recém-ganhado de Natal CD player portátil, eu viajei acompanhada da minha mãe para fazer matrícula no curso de “comunicação social com habilitação em jornalismo”. Era início de 1999, eu havia sido aprovada na Unesp, uma universidade pública estadual com campi por todo o Estado de São Paulo. Aquele campus, de Bauru, fica a 330 km de onde eu nasci. Mas naquela época eu ainda não sabia disso.

Lembro-me de que eu queria estudar em uma “universidade pública no Estado de São Paulo”, não sei exatamente o porquê, mas desconfio que seja simplesmente porque eu não sabia que existiam universidades públicas boas fora da minha vizinhança. Eu não tinha informação nenhuma sobre cursos e nem sobre universidades. Dei sorte: parece que escolhi o curso certo, acabei me dando bem na universidade e, sim, virei uma jornalista. Mas isso não acontece com todo mundo.

No Brasil, somos muito cruéis: os estudantes têm de escolher a carreira da vida inteira aos 17 ou 18 anos. Isso acontece porque aqui, diferentemente de países como os Estados Unidos, o aluno entra em um curso específico –engenharia civil, administração pública– e não em uma grande área de estudos que, depois, vai se afunilando em uma especialidade. Dá para saber que se pretende ser “engenheiro civil” no final da adolescência? Pois é.
Para dificultar a situação, aqui no Brasil os estudantes não têm muito costume de visitar as instituições de ensino antes de decidir na qual pretendem entrar. Pode parecer bobo, mas isso é importantíssimo: tem gente que se dá melhor em escolas pequenas, dessas em que os professores conhecem os alunos por nome. Outros preferem as grandes universidades com campus enormes e cheios de árvores. Tem gente que já trabalha e pretende estudar à noite, outros buscam uma universidade de pesquisa para perseguir uma carreira acadêmica.

E o mais importante: sete em cada dez alunos matriculados no ensino superior no país pagam pelos seus estudos e precisam ter informações sobre o seu investimento. Se der errado, essas pessoas vão perder tempo e dinheiro. Simples assim.
Todas as vezes em que me deparei com essas questões, com os dados altíssimos sobre evasão escolar e com a história de alunos frustrados por terem errado no curso ou na instituição, pensava que seria interessante ter uma maneira de compilar dados e informações que facilitassem a escolha dos estudantes. Foi assim que surgiu, há cinco anos, a proposta do RUF- Ranking Universitário, publicado pela primeira vez em 2012.
Neste ano, o RUF chega à quarta edição.

DADOS ABERTOS

O RUF reúne uma série de informações sobre o ensino superior do país que antes eram desconhecidas. Quais são as universidades com mais professores com doutorado? Em quais os docentes são mais produtivos? E quais têm mais inovação tecnológica? Tudo isso está no RUF.

Os dados que dão base ao RUF são coletados em bases do Inep-MEC, do Inpi, de portais de periódicos científicos “Web of Science” (internacional) e SciELO (nacional). Também são feitas duas pesquisas exclusivas de opinião com empregadores e com docentes. Dá para saber, por exemplo, quais instituições têm a melhor percepção de quem contrata no país.
A ideia principal do RUF é que os estudantes de hoje não precisem tomar uma das decisões mais importantes da sua vida às cegas, torcendo para ver se dá certo, como eu fiz e muita gente tem feito. É, também, uma forma de acompanhar o que as universidades têm feito e de orientar políticas públicas na área de ensino superior.  Acesse, compartilhe, faça suas análises, tire as suas conclusões. 

O ranking é seu.

VEJA OS CURSO DA FABEJA NA AVALIAÇÃO DO RUF


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO CABO SUAS RELAÇÕES HISTÓRICA-GEOLÓGICA COM VICENTE PIZON E ALFRED WEGENER



A PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO CABO SUAS RELAÇÕES HISTÓRICA-GEOLÓGICA COM VICENTE PIZON E ALFRED WEGENER

Um turista desavisado em visita a Província Magmática do Cabo na região litorânea ao Sul de Pernambuco, nem imagina que está em palco na qual se desenrolou grandes eventos históricos e geológicos.  Histórico porque há uma relação com a polêmica que gira em torno da real descoberta do Brasil por Vicente Yañes Pizon. Geológicos relacionados à evidência da Teoria da Deriva Continental proposta por Alfred Wegener em 1915. Por isso é fundamental que esse local seja preservado de maneira adequada, porque não é um ponto qualquer do mapa, mas sim um lugar importante para pesquisadores do município, do estado, e do Brasil e até do mundo (Figura 1).
  





Figura 1: Uma placa mostra o local da chegada de Vicente Yañes Pizon. Autor: Natalicio de MeloRodrigues, 2013.

A questão histórica vem de afirmações de que o Brasil não foi descoberto em 21/04/1500 por Pedro Alvares Cabral, mas sim em 1498 quando o navegador Vicente Yañes Pinzón chegou ao novo continente, este teria aportado em Pernambuco, precisamente no Cabo de Santo Agostinho, batizado na época por Santa Maria de La Consolacion. Porém, o fato não foi tão oficializado, pois pelo Tratado de Tordesilhas as terras a qual ele estava colocando os pés faziam parte do território português. Mas, mesmo assim essa aventura ultramar extraordinária, marcava uma importante viagem ligando os continentes que antes haviam pertencido à antiga Gondwana. 




Figura 2: A cima observa-se o promontório do Cabo de Santo Agostinho com indícios de escoada lavas de rochas basálticas consolidados, evidenciando os fenômenos geológicos que testemunham a Teoria da Deriva Continental. À baixo rochas basálticas semelhantes encontradas em uma praia frente ao Estádio Arena Lebreville-Gabão no Continente africano. Fonte: esporteuol.com. 2013. 

Os aspectos geológicos que servem de testemunho a Teoria Deriva Continental são os Terrenos vulcânicos, estes são encontrados em Pernambuco na Província Magmática do Cabo, área representada por uma pequena mancha em cor laranja no mapa próximo ao litoral. Embora os Terrenos Ígneos e Metaformicos do Pré-Cambriano Cristalino constitua a maior parte do embasamento geológico de Pernambuco, representados na figura em tom vermelho. Outra categoria secundaria em destaque são os Terrenos Sedimentares que aparecem em cor verde para as bacias soerguidas, como é o caso da Chapada do Araripe e da Chapada do Catimbau, e as áreas de sedimentação recentes também presente nas áreas baixas do Parque Nacional do Catimbau e no litoral em cor amarelo (Figura 3).

Fonte:GoogleErth.2020. Praia de Ipojuca-PE

Figura 3: Ver-se Terrenos Vulcânicos do Cretáceo geologicamente são os mais atrativos do ponto de vista didático devido à raridade em nosso estado desse tipo de fenômeno. 


A Província Magmática do Cabo é onde se concentra aspectos geológicos com potencialidades para prática do Geoturismo e campo dessa pesquisa. Essa região distancia-se aproximadamente 30 km de Recife, estendendo-se por aproximadamente 20 km quadrados, área que por sua dimensão abrange as localidades os domínios dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca e Sirinhaém (Figura 4).  


Figura 4: Observam-se os municípios que constitui a província do Cabo. A mancha em cor verde elucida o Complexo do Suape. Fonte: proximatrip.cpm

Em cada uma dessas cidades tem relação com fenômenos geológicos e de potencialidades de Geoturismo e pesquisa. Em Sirinhaém, por exemplo, se dar devido a presença da Ilha de Santo Aleixo, localizada a pelo menos dois quilometro da costa, é do tipo vulcânica e de composição rochosa basáltica, distribui-se em uma área acima no nível do mar com cerca de 450.000 m2.  No Cabo de Santo Agostinho são presentes escoados de lavas vulcânicas, e a cidade de Ipojuca abriga evidencia de uma antiga chaminé vulcânico. Ambos os fenômenos são apontados como evidencias da teoria da Deriva Continental e relacionados ao desmembramento da América do Sul e a África. Por fim o município de Ipojuca onde se localiza uma estrutura geológica denominada de Neck vulcânico.

2. EVENTOS GEOLÓGICOS DA DERIVA CONTINENTAL NA  PROVÍNCIA  MAGMÁTICA  DO CABO DE SANTO AGOSTINHO 

Os primeiros trabalhos geológicos relacionados ao litoral em Pernambuco como denominação de Província Magmática do Cabo (PMC) são creditados a Josh Casper Branner, que no final do século XIX (01/1876-07/1889) visitou por duas vezes o litoral pernambucano. A pesquisa que resultou em 1902, o artigo “The Geology of the Northeast Cost of Brazil”, posteriormente foi publicada no Boletim da Sociedade Geológica da América.

Essas pesquisas antecedem em mais de 10 anos a Teoria da à Teoria da Deriva Continental, mas não possui nenhuma relação com a teoria em discussão  uma vez que essa só veria ser conhecida mais tarde em 1915. As excursões de pesquisa também não são recentes, há registro de que as excursões a esta área atribuídas à Costa & Melo apud Nascimento (2003) em que se afirmam ter sido os primeiros guias de excursão para observação e estudo da região do Cabo de Santo Agostinho com visitas as rochas vulcânicas desta área.

Os Terrenos Vulcânicos do Cretáceo, nesse local aparecem na forma de escoadas de lavas antigas, consolidadas na forma de rocha magmáticas tipo vulcânico denominado traquito, essas se distribuem ao longo das Praias de Itapuama e das Pedras pretas. O nome Pedras Pretas deriva justamente da típica cor preta comum presente nas rochas basálticas, e que também encontradas nesse local (Figura 5).



Figura 5: As pedras pretas da Praia de Itapuama no Cabo de Santo Agostinho são de basaltos, algumas dessas rochas apresentam hoje feições arredondadas devido à erosão marinha, são rochas ígneas magmáticas oriundas de escoadas de lava vulcânicas. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.

Outra forma de possível de ser observada no local são as rochas basálticas de estruturas amigdaloides ou vesiculares, essas possuem pequenas perfurações oriundas expulsão dos gases vulcânicos. Na temporalidade atual essas rochas encontram-se expostas a ação erosiva de ondas do mar, por conta dessa condição erosiva, muitos desses fragmentos de seixos vulcânicos acabaram sendo incorporados aos areias da praia, como é caso das limonites, e que depois cimentados por carbonato de cálcio dando origem aos conglomerados (Figura 6).





















Figura 6: À acima esquerda detalhes da uma amostra de uma rocha vulcânica nota-se perfurações por onde os gases vulcânicos escaparam; abaixo um conglomerado de rochas composto de fragmentos de traquito e restos de outras rochas cimentadas por carbonatos de cálcio.  Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.

Quem visita hoje a Província Magmática do Cabo também se depara com uma enorme placa alusiva a Teoria da Deriva Continental, a grafia em português e inglês informa ao visitante local que o promontório do Cabo em que está, encontrava-se unido a região da Nigéria-Gabão na África em Eras geológicas passadas, estabelecendo assim um elo de  relação direta com as hipóteses formulada por Alfred Wegener da existência do continente primitivo Gondwana. Esse memorial diga-se de passagem em péssimo estado de conservação é visto e fotografadas por turistas e estudiosos, compondo uma cenário que certamente Wegener gostaria muito de visto em vida (Figura 7).























Figura 7: Placa com grafia em língua portuguesa, localizado na Província Geológica do Cabo de Santo Agostinho elucida os postulados da Teoria da Deriva Continental, um marco que Alfred Wegener gostaria muito de ter visto em vida.  Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.

Quando Alfred Wegener (1880-1930) propôs pela primeira vez ideia da Deriva Continental (veja o vide-o n.1) em 1915, é possível que tenha lido o artigo de Josh Casper Branner, do final do século XIX (01/1876-07/1889) a The Geology of the Northeast Cost of Brazil publicado em 1912, após ter visitar o litoral Sul de Pernambuco por duas vezes, fatos que antecede em três anos a teoria de Alfred Wegener. Como se sabe há um consenso entre a maioria dos geógrafos que o trabalho de Alfred Wegener só veio ser divulgado em  1915, quando da publicação da obra "A origem dos Continentes e dos Oceanos", na qual propôs a hipótese de que os continentes ora separados, formavam há aproximadamente 200 milhões uma única massa continental, chamada de Pangeia, é um único oceano, o Panthalassa.




Tudo leva a crer que a fragmentação do megacontinente Gondwana, ocorreu  no período Jurássico Superior e culminando no Cretáceo Inferior, aproximadamente há 140 milhões de anos. Esse desmembramento ou separação de placas se deu a partir do movimento de rotação horária em direção de sul para norte, gerando uma depressão alongada de direção norte-sul, dinâmica geológica que se manifestaram na forma um grande rift que separou a África das América do Sul.

Dessa feita os geólogos consideram a Província Magmática Cabo seria o estágio inicial da abertura do Oceano Atlântico. O avanço das tecnologias, principalmente o uso do sonar que permitiu detectar evidencias além das bordas oceânicas, e mapear as dorsais oceânicas do fundo do mar, evidencia que veio a transforma as hipóteses Wegeneana em verdade, e que somados a outras descobertas vieram a constituir a famigerada Teoria da Tectônica de Placas. 

Desde a separação dos continentes que a sociedade moderna impulsionada pela intensificação das trocas da reconhecida globalização, tem tentado romper essas distancia gerado pela abertura do Oceano Atlântico. Quando Vicente Yañes Pizon  rompeu essa barreira, levou pelo menos 60 dias para transpor as águas do Atlântico em uma Caravela impulsionada pelos ventos, estudiosos afirmam que ele partiu em 18 de novembro de 1499 de Palos na Espanha, e ao chegar no Cabo de Santo Agostinho, o navegador luso Pedro Alvares Cabral ainda estava ancorado no porto de em Lisboa em Portugal. Hoje ao contrário, os navios modernos que fazem o mesmo percurso do atual  porto de Suape gastam em média de 10 dias.






























Figura 8 e 9: Acima e aesquerda, ver-se a abertura de posicionamento de canhão de um antigo forte português que guardava a entrada de acesso aos canaviais da foz do rio Ipojuca. Abaixo direita o complexo portuário de SUAPE considerado como o melhor porto do Nordeste devido sua posição estratégica de aproximação com a África e Europa. Fonte: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.  

3.UM NECK VULCÂNICO EM MEIO AS MORFOESCULTURAS DESENVOLVIDAS POR PROCESSO DE DISSECAÇÃO

A paisagem onde se localiza o Neck vulcânico parece monótona, principalmente se a observação for feita desprovida de análises da dinâmica geológico-geomorfológica e histórica. Os seus componentes são poucos e de fácil descrição, o que se vê é uma usina de moagem de cana, uma pequena vila de moradores, um extenso canavial que se distribuem sobre um relevo colinoso, um rio, touceiras de resquícios de Mata Atlântica, e um morro escuro rochoso em uma formação geológica denominada de Neck vulcânico.


















Figura 10: Paisagem fragmento da zona rural do município de Ipojuca do local onde se situa o Neck vulcânico. A imagem foi captada de cima do Neck a cerca de 45 metros de altura. Autor: Natalicio de Melo  
Rodrigues. 2013.


Entretanto, por trás desses parcos elementos que compõe a paisagem, há a ação complexa que envolve os agentes da dinâmica do espaço geográfico, tais como, agentes internos ou tectônicos, agentes estruturais erosivos responsáveis pelas modificações nas feições do relevo, e a ação do homem na qualidade de construtor de espaço geográfico. Todavia, mesmo considerados todos esses agentes, se faz necessários distinguir a complexa e enorme escala temporal a qual os objetos encontram-se inseridos, sendo a que as ações da natureza exigem uma escala temporal maior medida muitas vezes em milhões de anos, enquanto que as ações modificadoras do homem, que embora se apresente de maneira dominante na paisagem, é a de escala temporal menor e medida em centenas de anos.


















Figura 11: A esquerda acima ver-se em primeiro plano em tom escuro parte da base do Neck vulcânico que se eleva em quase 45 metros, aos fundos, parte usina e vila de moradores, morros colinoso cobertos pela Cana-de-açúcar e requisos de mata e o rio Ipojuca. À esquerda abaixo detalhes do topo do Neck Vulcânico sob ação erosiva dos liquens e gramas. Ipojuca –PE.  Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.

Ao organizar os elementos da paisagem por ordem temporal, considerando o ponto de vista histórico-geológico-geomorfológico, os mais antigos objetos são os objetos da natureza, seguidos pelos construídos pelo homem. Considerando a natureza dentro da linha da Teoria da Tectônica de Placas, o relevo colinoso que hoje se acham cobertas de resquícios de Mata Atlântica, mas em sua maior parte circundado pela monocultura Cana-de-açúcar, essas são resultados de ações do intemperismo que vem ocorrendo desde a separação das placas tectônica.

Isso porque o relevo hoje em forma colinoso, por exemplo, nem sempre foi assim, sua origem remota a existência do paleocontinete Gondwana há pelo menos 195 m.a, quando o mesmo era continental e estava unido a África, dessa forma sob clima semiárido e coberto possivelmente por vegetação de Caatinga (AB’Saber, 2005), mas  tarde há 66 m.a, quando o oceano Atlântico surgiu separando a América da África, esse litoral passou de um clima continental seco, para um clima litorâneo  quente-úmido, assim,  os antigos pediplanos de embasamento cristalinos começaram a ser dissecados, e seu embasamento rochoso a ser intemperizados, e assim passaram a dar lugar ao relevo colinoso e suave, e o seu solo antes pedregoso ou litossolo para um solo profundo ou latossolo de grande fertilidade denominado massapé (Figura 12). 


















Figura 12: À esquerda acima exposição do latossolo massapê, resultado do alto grau de intemperismo ao longo de milhões de anos sobre rochas cristalinas antigas. A abaixo uma das poucas manchas de Mata Atlântica que divide o parco espaço ante o avanço das construções e da Cana-de-açúcar. Margem da PE 60. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.  

Quanto ao Neck vulcânico localizado ao longo da rodovia PE-60 e adjacências é o segundo elementos mais antigo da paisagem, formando um relevo singular em meio a um relevo memelonizado, o que causa supressa principalmente naqueles que pensa que não existiram vulcões no Brasil. Sua origem se deu possivelmente como consequências da formação do rift, e desmembramento da Gondwuana, essa separação continental se deu a custa de formação de vulcões, intrusões magmáticas entre outros fenômenos de ordem interna.

 Há muitas denominações para o Neck, Guerra A.T (1980) definiu como é um conduto de um vulcão enchido de lava solidificada cujo afloramento é realizado pelo trabalho seletivo de erosão diferencial que desbasta as rochas tenras que estão ao redor. Pode-se dizer por consequente que o Neck é um pescoço ou testemunho de uma antiga chaminé vulcânica. Constitui algumas vezes uma saliência estranha de relevo com as formas mais ou menos meio arredondadas. Em Ipojuca o Neck vulcânico local ergue-se de forma abrupta, com cerca de 45 metros sendo o mesmo  datado de pelo menos 100 milhões de anos.



Figura 13: A massa rochosa acima e esquerda é o Neck vulcânico; a direita e ao fundo ver-se Terrenos Ígneos e Metafóricos do Pré-Cambriano bastante erodidos e alto grau de intemperismo em forma de morros em meia laranja. À abaixo a usina Ipojuca segue seu curso de moagem de Cana-de-açúcar. Ipojuca – PE. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues.2013.

Para formar um Neck vulcânico se faz necessário existir um vulcão antes. Um vulcão  surge na  crosta terrestre, a profundidade que pode varia de 30 a 90 km, ou seja na em uma camada denominada manto,   logo abaixo da litosfera. Nessa camada as rochas encontram-se fundidas pela elevada temperatura existente que podem atingir até 1500°C. Essas rochas recebem o nome de magma (em grego, "material pastoso") e o local  onde se encontram denomina-se reservatório magmático. O magma é circundado por rochas sólidas logo acima ou litosfera que exerce enorme pressão.

No manto as rochas magmáticas liquidas estão  sujeitas aos movimentos internos da crosta terrestre (movimento de convecção), podem surgir entre algumas fendas, fazendo com que a pressão no interior da bolsa magmática diminua; em consequência, o magma torna-se mais fluido e capaz de penetrar pela fissura aberta. Assim acabam abrindo  caminho até a superfície pelos pontos em que as rochas são mais frágeis; nesse caso, ocorrerá o nascimento de um vulcão. Quando a pressão diminui essa passagem aberta pode esfriar e fechar essa espécie de túnel que se denomina conduto vulcânico ou um Neck.














Figura 14: Neck vulcânico de Ipojuca aparece destacado em meio a uma planície alveolar circundado por colinoso e próximos as margens do rio Ipojuca: Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.

Os primeiros estudo dese Neck vulcânico de Ipojuca, é atribuído a Sial et al(1987)  apud Nascimento(2003) quando elucidou a presença de   diques, plugs e riolitos nessa região, e a Mello & Siqueira(1972 os primeiro mapas geológicos e descrição petrografica da área (NASCIMENTO, M.A.L. 2003).

Na perspectiva Geomorfológica o Neck vulcânico localiza-se em meio ao Domínio Morfoclimático Mares de Morros, denominação usada em conformidade com  Ab’Saber (2003),  a qual se atribui como característica principal as feições mamelonares presentes na áreas tropical-atlânticas florestadas, uma toponímia teórica, porque  na verdade nem sempre isso ocorre, a Mata Atlântica quase não existe mais, e o predomina  é um domínio  grandes campos de plantio de Cana-de-açúcar.

Na literatura, a teoria que melhor explica o isolamento de determinadas formas de relevo abrupto, como é o caso do Neck vulcânico de Ipojuca, em meio a uma paisagem mamelonizada vem de Jatobá & Lins (2008). Segundo o autor, as áreas onde se situam o Neck vulcânico, encontram-se do ponto de vista geomorfológico em meio a uma paisagem dominada por Morfoesculturas desenvolvida por processo de dissecação. Dissecação em Geomorfologia corresponde à ação erosiva linear, isto é que se processa no talvegue dos rios, típica de ambiente úmido, onde as correntes pluviais são permanentes e dotadas de grande poder erosivo. Esse processo erosivo pretérito e ainda em curso se estabelece em fases continuas, denominadas de estágios evolutivos do relevo.

As Morfoesculturas desenvolvida por processo de dissecação responsável pela formação das colinas na Zona da Mata ocorrem dentro de uma escala evolutiva que requer milhões de anos em sua consolidação. Por vezes esquecemos que nosso litoral encontrava-se ligado ao Africa. Por conta da questão temporal e escalar, seria impossível para um ser humano acompanhar todas as fases de desenvolvimento desse tipo de relevo, nesse contexto só resta ao pesquisador a buscar encontrar na atual paisagem modificado os indícios da evolução das fases.

Assim em conformidade com o modelo, a primeira fase estágio da evolução corresponde aos interflúvios inteiriços de uma antiga superfície de erosão onde se iniciaria a dissecação. Na fase de transição para um segundo estágio da evolução ocasionaria formação de grota, a grota é uma depressão de bordo superior quase vertical, limitado ao alto por uma escarpa curva que se amplia a partir do topo de um interflúvio e concentra as precipitações, afunilando a vazão num sulco terminal que se aprofunda na base da encosta (JATOBÁ & LINS, 2008).(Figura 15,16,17 e 18).

















Figura 15: À esquerda a primeira fase de dissecação das antigas superfícies de erosão. Ipojuca -PE. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.

Figura 16: Na segunda faze segue-se a formação da grota e o inicio da separação das colinas no interflúvio. Ipojuca –PE. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2013.


Figura 17: Nessa fase as grotas evoluem para um terceiro estágio, a qual o autor denomina de fase de colo, ocasião em que as colinas não aparecem bem definidas.Autor: Natalicio de Melo 

















Figura 18: O processo se completa com a individualização das colinas, e instala-se um vale onde antes havia apenas um colo. Ipojuca-PE. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues

Por sua resistência em decorrência da sua diferente composição rochosa rioloitica, Neck vulcânico de Ipojuca apresenta-se de forma individualizada na paisagem. Em geral esse tipo de rocha apresenta estrutura de fluxos magmáticos e juntas colunares horizontais e verticais não tão perceptível como uma chaminé vulcânica (Figura 19). Mesmo apresentando zonas intemperizadas (alteradas pelas águas e pelo clima local), guardam as características da rocha fresca, com textura afanítica a porfirítica bem preservada (PROJETO SINGRE 2010). Os riolitos possuem textura afanítica ou porfiríca, formado corpos com disjunções colunares multifacetas de eixo colunar horizontais e verticais. Esse corpo magmático plutônico é segundo Sial et al(1987) apud Nascimento(2003) composto de riolitos.

  

















Figura 19: A esquerda observa no Neck vulcânico de Ipojuca disjunções verticais, a abaixo e a esquerda uma rara inusitada formação  horizontais. Ipojuca - PE. Fonte: Natalicio de Melo Rodrigues,.2013. 
















Quanto aos objetos da escala temporal menor, a cidade de Ipojuca antecede a usina, mas não o plantio da cana-de açúcar. Criada como unidade municipal do estado de Pernambuco em 1890, em meio a um período histórico turbulento de transição de reinado para um republica, em que nada menos 5 governadores se alternaram no poder. Mais tarde sob o governo de Alexandre José Barbosa Lima (1892-1896), no ano de 1895, ou cinco anos depois, era inaugurado o mais novo elemento que componente da paisagem, a usina Bandeira como era conhecida no passado, mas que hoje recebe a denominação de Ipojuca marcando a chegada da Era Moderna Industrial em substituição os velhos banguês.

Nesse contexto, o meteorologista que viria a ficar famoso após sua morte Alfred Wegener tinha apenas 10 anos de idade, e jamais imaginaria que essa paisagem em meio a canavial da Zona da Mata de Pernambuco abrigaria uma dos melhores exemplos de tectonismo vulcânico que seria usado e estudado para fundamentar seu modelo teórico, e muito menos que se tornaria atrativo de  turistas e estudiosos do assunto

Os espaços da cana são históricos, e não se disseminaria de forma dominante se ter sido a custa da destruição da Mata Atlântica pretérita que recobria as colinas mamelonares. A expansão da Cana-de-açucar deu conjuntamente a prática latifundiária monocultora, uso de mão-de obra escrava que ao longo de um processo histórico alijou qualquer perspectiva de acesso a terra e de se uso pra produzir alimento. Alimentado por politica e econômicas cruéis, mas que ainda serve aos interesses e exploração econômica dos usineiros, que cerceia o acesso a terra, e domina a população a custa de salários mínimos. 

O clima é do tipo As’ com característica quente e úmida, e com isoietas de precipitação pluviométrica que variam 1.400 – 1600 mm, (ANDRADE, M.C, 2003), esse parâmetro climático foi de fundamental importância para configuração da paisagem modificada. Se ao homem atribuem-se as modificações de mata, e mudanças na função dos objetos naturais, do mesmo modo o Clima foi um elemento importante na configuração e mudanças dos objetos naturais, a ela se atribui a mamelonização do relevo, e a ação do intemperismo químico que erodiu as rochas cristalinas antigas, permitiu o desenvolvimento das extensas e horizontais camadas de solo que compões as Colinas da Zona da Mata, a qual se atribui condição de grandes taxas de intemperismo químico, sob um processo erosivo pretérito e atual ainda em curso, o que justifica a presença do Neck vulcânico de dureza diferenciada e por ser de rochas magmáticas vulcânicas intrusivas.

REFERENCIAS
1. AB SABER. Os Domínios de Natureza no Brasil Potencialidades Potencialidades Atelei Editorial. São Paulo, 2005
2. ANDRADE, M.C. Atlas Escolar Pernambuco. João Pessoa. Grafset, 2003
3. JATOBA, L.& LINS. RC. Introdução a Geomorfologia. Bagaço. Recife. 2008.
4.PROJETO SINGRE REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTÃO TERRITORIAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO RECIFE. 2001
5.SIAL, A.N. The magmatic province of cabo de Santo Agostinho, Pernambuco,: a Brazilian recordo f the ascencion plume activity in the past III Latin-American Geological Congress - Acapulco -México,1976. Citado em Cap III Revisão dos Conhecimentos da Província Magmática do Cabo. Geologia, Geocronoloiga, Geoquímica e Petrogênese das rochas ígneas. Nascimento.M.A.L.Tese de Doutorado(PPGG/CCET/UFRN) 2003.
6.TEXEIRA,W; FAIRCHILD.T.R.;TOLEDO.M.C.M.; T.FABIO. Decifrando a Terra.São Paulo. Companhia Editora Nacional, 2.edição. pag. 86. 2009.











  Documentário BBC | 8 de Janeiro: o dia que abalou o Brasil. Apenas uma semana após a posse do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, ...