sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

O MITO DO PLANALTO DA BORBOREMA

O MITO DO PLANALTO DA BORBOREMA







Percebe-se que há um grande erro em atribuir a seca a condição de barlavento atribuída a unidade de relevo Planalto da Borborema, buscando valer-de como elemento fundamental principal desencadeador do citado fenômeno climático, algo presente sazonalmente no semiárido nordestino. Presumo que não deve colocar essa unidade de relevo Planalto da Borborema como a primazia da causa da sequidão. Tudo leva a crer que parte desse equivoco, decorre em desprezar os graus de Taxon de analise espacial atribuído as formas de relevo proposto por Jurandir Ross como é o caso da Classificação do Relevo Brasileiro (ROSS,1996).
Segundo ROSS(1996) a Unidade de relevo denominada Planalto da Borborema é classificada como de Segundo Taxon. Essa por sua condição de origem erosiva é inferior o que a coloca a nível de segundo Taxon. Desse modo o planalto já citado, insere-se em uma unidade maior e mais abrangente de Primeiro Taxon, e de origem estrutural denominada Domo.

O Domo é a condição fundamental para entender porque o Planalto não interfere diretamente como fenômeno climático definidor da seca. Domo é uma Morfoestrutura é classificada como de primeiro Taxon. Nessa condição hierárquica a Unidade Planalto vem a torna-se apenas parte de um componente maior e principal o Domo. 

Esse Planalto da Borborema por sua condição geológica e geomorfológica e hierárquica dentro do Domo não interfere no fenômeno seca, principalmente porque a distribuição dos terrenos que componente do planalto se estende no sentido Leste-Oeste do Domo, a saber no sentido da drenagem radial hidrográfica exorreica dos rios intermitentes do sertão e agreste rumo ao Oceano Atlântico.Essa condição de relevo dômica e drenagem radial, permite por suas condições geomorfológica e geográfica que as massas úmidas do Atlântico penetrarem pelos rios em direção a montante no interior, mas ao mesmo tempo que penetram pelos veles perdem umidade, isso ocorre devido o efeito continentalidade e altas temperaturas, assim favorecendo apenas a presença de umidade nos brejos de altitude e chuvas esparsas aleatoriamente distribuídas.
Conforme Aziz Ab Saber um Domo desenvolve no ambiente uma drenagem radial é exorreica dos rios, fazendo que os mesmo contribua para eficiência de drenagem rápida e exorreica e consequentemente contribuindo para perda de água. O comportamento da rede hidrográfica no sertão de pernambuco tem como característica o exoreísmo em direção ao São Francisco, um rio perene na região,mas que tem sua nascente fora do regime intermitente reinante no sertão, uma vez que o mesmo nasce nas Serra da Canastra ambiente serrano e úmido, e que deságua no oceano. Os rios do agreste como são os casos do Beberibe, Capibaribe, Una, e Ipojuca exorreico em direção ao Oceano atlântico.

Quando se afirma erroneamente que o Planalto da Borborema favorece a sequidão, o que não é verdade, é sim um MITO. Seria necessário que a distribuição da massa rochosas que compõe o Planalto da Borborema se distribuísse no sentido Norte-Sul, como se fosse um cordilheira de grande cotas altimétrica exercendo um papel de barlavento ao leste e sotavento a Oeste, impedindo assim totalmente que as massa Tropicais do Atlântico avançasse sobre certas áreas continental do sertão e agreste de Pernambucano. 



 Equipe: Especialista Prof.Arnaldo Dantas; prof. Dr.Natalicio de Melo

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