As relações geomorfológicas e geológicas aplicadas ao Inselbergue da Pedra do Cachorro (São Caetano-PE) e o Pão de açúcar (Rio de Janeiro-RJ).
O uniformitarismo é um
princípio científico que originalmente já se encontrava presente na obra de James Hutton, mas foi
Charles Lyell (1797-1875) o responsável por fazer renascer as concepções
huttonianas, numa Inglaterra que nos inícios do século XIX, na época em
que estava dominada pelas correntes diluvianistas, que tentavam conciliar os
relatos bíblicos do Dilúvio com os registos geológicos.
Na forma de obra publicada aparece entre 1830 e 1833, com o título
Principles of Geology da autoria do naturalista inglês. Ao longo deste tratado,
considerado como um marco importante na história da Geologia, que é considerado um dos precursores da geologia moderna. A teoria uniformitarista baseia-se
na reprodução uniforme dos dados observáveis em fenômenos geológicos
atuais, para a interpretação da ocorrência destes fenômenos no
passado. O presente é Chave do passado é a marca dessa teoria.
Hoje sua aplicabilidade podem ser somadas a outras teorias, como é caso da Tectônica da Placas, nessa condição permite-se interpretar as mudanças do
passado observando o comportamento dos fenômenos presente nos ambientes atuais. Tomemos como exemplo o caso das semelhanças e diferenças entre o Pão de Açúcar situado no litoral da cidade do Rio de Janeiro-RJ e a Pedra do Cachorro-PE situada no Agreste setentrional do semiárido do Nordeste do Brasil, observa-se que ambos objetos naturais guardam grandes semelhanças geomorfológicas e climáticas pretéritas entre si no passado e no presente atual.
Esse modo de comparação na verdade tem como base as recomendações presentes nos pressupostos do geógrafo nascido na Alemanha Karl Ritter (1769-1859) e o francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918), que no Principio da Analogia recomenda que o geógrafo após delimitar e localizar o objeto de estudo, proceda compara-la com outra área, buscando semelhanças e diferenças. Dessa forma e em conformidade com as recomendações desses pressupostos, optamos por comparar o Pão de Açúcar com a Pedra do Cachorro.
Desse forma tomando por base teórica a Tectônica de Placas e o principio do Uniformismo, tudo leva a crer que o Pão de Açúcar foi no passando quando da existência da Gondwana um inselbegue, isso porque quando da união dos continentes americano e africano durante a era Mesozoica e inicio do Perído Cretaceous, nessas condições temporais geológicas, o clima onde se situa hoje o Pão de Açúcar era mais áridas e portanto diferentes das condições úmidas atuais.
Assim, sob essa condições climáticas semiárida pretéritas, é possível que o ambiente onde se situa hoje o Pão de Açúcar era continental interiorano, e o oceano Atlântico que o bordeia hoje nem se quer existia, o que leva a crer em afirmar que a umidade geomorfológica em apreço era mais bem alta, nesse período de semiaridez predominava então um processo erosivo semelhante ao processo de pedimentação visto no semiárido do nordeste atual, o mesmo se pode afirma que predominava processos erosivos do tipo intemperismo físico.
Hoje ao contrário das condições geomorfológicas e climáticas do passado, o Pão de Açúcar se encontra sob condições climáticas tipicas de áreas tropicais litorâneas, e sua dinâmica erosiva era predominante do tipo química, condições que em geral encontra-se sob processos geomorfológico do tipo dissecação algo comum nos ambientes úmidos presente no litoral do Brasil atual.
Esse modo de comparação na verdade tem como base as recomendações presentes nos pressupostos do geógrafo nascido na Alemanha Karl Ritter (1769-1859) e o francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918), que no Principio da Analogia recomenda que o geógrafo após delimitar e localizar o objeto de estudo, proceda compara-la com outra área, buscando semelhanças e diferenças. Dessa forma e em conformidade com as recomendações desses pressupostos, optamos por comparar o Pão de Açúcar com a Pedra do Cachorro.
Desse forma tomando por base teórica a Tectônica de Placas e o principio do Uniformismo, tudo leva a crer que o Pão de Açúcar foi no passando quando da existência da Gondwana um inselbegue, isso porque quando da união dos continentes americano e africano durante a era Mesozoica e inicio do Perído Cretaceous, nessas condições temporais geológicas, o clima onde se situa hoje o Pão de Açúcar era mais áridas e portanto diferentes das condições úmidas atuais.
Assim, sob essa condições climáticas semiárida pretéritas, é possível que o ambiente onde se situa hoje o Pão de Açúcar era continental interiorano, e o oceano Atlântico que o bordeia hoje nem se quer existia, o que leva a crer em afirmar que a umidade geomorfológica em apreço era mais bem alta, nesse período de semiaridez predominava então um processo erosivo semelhante ao processo de pedimentação visto no semiárido do nordeste atual, o mesmo se pode afirma que predominava processos erosivos do tipo intemperismo físico.
Hoje ao contrário das condições geomorfológicas e climáticas do passado, o Pão de Açúcar se encontra sob condições climáticas tipicas de áreas tropicais litorâneas, e sua dinâmica erosiva era predominante do tipo química, condições que em geral encontra-se sob processos geomorfológico do tipo dissecação algo comum nos ambientes úmidos presente no litoral do Brasil atual.
Pão de Açúcar - Rio de Janeiro-RJ |
Figura 1: Observa-se na paisagem aspectos arredondados nas
camadas superior das faces rochosas o que denotam a ação erosiva química por
hidratação dos cristais das rochas. No centro entre os blocos rochosas onde o
desnível é moderado o desenvolvimento do solo eluvial sobre o qual cresce a
vegetação e agre o intemperismo biológico. Fonte: riodejaneironow.com.2015.
O Pão de Açúcar constitui hoje um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, conhecido no mundo do turismo, um importante quadro natural, e que sob ponto de vista da paisagem consiste na verdade em 2 morros de granito. O primeiro bloco rochoso é denominado Morro Praia Vervelha, fica cerca de 220 metros acima do nível do mar, o segundo bloco é o Morro do Pão de Açúcar que fica a 396 metros. O bondinho que transita entre eles percorre uma distância entre eles de 1.330 metros é feito em 6 minutos.
Inselbergue Pedra do Cachorro - São Caetano-PE |
Figura 2: Observa-se que as feições do
inselbergue da Pedra do Cachorro (São Caetano-PE) guardam importante relação geológica,
geomorfológica e paisagística com o morro do Pão de Açúcar (Rio de Janeiro-RJ), embora ambos se
encontram em condições geológicas semelhantes, tem por outro lado suas condições geomorfológicas
e temporais denotam uma grande inversão, o Pão de Açúcar foi inselbergue no
passado, por sua vez a Pedra do Cachorro foi no passado um ambiente úmido e o seus morros estavam sob processo de
dissecação e intemperismo quimico. Autor: Natalicio de Melo Rodrigues, 2015
Na parte mais alta do Pão
de Açúcar por sua condição geográfica e
altitude permite observar uma paisagem que mescla aspectos naturais do
continente e do oceano, de moto que torna-se possível observar de cima vários
pontos da cidade, como mais notoriedade as praias do Leme, Copacabana, Ipanema, Flamengo, Leblon, e
outros morro como são os casos da Pedra da Gávea, maciço da
Tijuca, Corcovado com
a estátua do Cristo Redentor, e no oceano a Baía de Guanabara, enseada de
Botafogo, partes do centro da Cidade, Aeroporto Santos Dumont, Ilha do
Governador, e as cidades de Niterói,
a estrutura urbana de rede denominada Ponte Rio-Niterói e, ao fundo, a Serra do Mar e o
pico Dedo de Deus.
Localizado
praticamente na costa litorânea brasileira e que ocupa a borda leste da Placa sul-americana,
é sob o ponto de vista geomorfológico um grande monólito rochoso formando bloco
único de rocha ígnea do tipo granito que se estende ao longo da Baia da
Guanabara, constituindo uma importante feição geomorfológica que lembra pães de
açúcar, antiga forma de blocos de açúcar exportado na época do ciclo do açúcar
do Período Colonial, quando do domínio português.
Por
suas características geológicas rochosas do tipo granito ígneo cristalino,
denotam que sua origem geomorfológica tenha advindo de condições geológicas
pretéritas, o que leva a crer que ele foi formado pelo esfriamento dentro de um
bolsão de gnaisses metamórficos, possivelmente em centro de zona de
convergência, que esteve ativa há pelo menos 80 milhões de anos atrás no final
do Período Pré-Cambriano.
Sua
condição geomorfológica atual elucida também a história do seu passado
geológico de sua formação, e o que ocorreu internamente antes de sua atual
exposição externa erosiva. Na condição atual remota, com a separação das Placas
Sul-americana e Africana, delineou-se uma series de ciclos erosivos e a ações do
intemperismo que engloba os tipos físico, principalmente o químico e biológico,
própria de climas quente úmido, esses típicos de áreas litorâneas, vem ao longo
atuado nos flancos de granito que formam os monoblocos rochoso que compõe sua
paisagem natural.
Quando essas massas rochosas são afloradas, essas
forças compressivas cessam e a rochas sofrem descompressão permitindo que os
agentes externos, chuvas, ventos, vegetação entre outros se acentuam nas
superfícies rochosas expondo a superfície suas feições levemente curvadas como
resultados da erosão.
Pão de Açúcar-Rio de Janeiro-PE |
Figura 3: Concepção artística cientifica geológica da possível
estrutura imersa do Pão de Açúcar. Por ser uma baia é possível que essa
concepção esteja correta. Fonte:
Universidade se São José dos Campos- SP. 2016.
A
parte mais alta denominada Pão de Açúcar é na verdade do ponto de vista da
geografia física um promontório, um cabo que em geral é constituído por rochas íngremes de uma montanha rochosa em que sua
maior parte é imersa e sua menor parte é elevadas . O seu contorno
arredondado é típico em formações de granito homogêneo com nuances de juntas
que em eras geológicas estiveram no centro de gigantesco batólito maciço. Essas
massas graníticas a medida que vão perdendo temperatura e esfriando
cristalizam, e muito vezes ficam confinados por forças verticais e horizontais
em razão do peso de sua massa rochosa acima dele.
Quanto ao inselbergue Pedra do Cachorro localizado em São Caetano-PE, cidade da Microrregião do Vale do
Ipojuca, Mesorregião do Agreste de Pernambuco não tem a mesma notoriedade que o
Pão de Açúcar, por outro lado tem um grande potencial turístico ainda não
explorado, embora possua mais altitude, com seus 1038 metros de altura,
torna-se possível visualizar várias cidades do agreste, como é caso de São
Caetano, Caruaru, Belo Jardim, Brejo da Madre de Deus, Tacaimbó, Jataúba, isso
durante o dia, a noite devido a emissão de luzes da cidades é possível
visualizar e identificar outras cidades.
Vista sob o cume da Pedra do Cachorro - São Caitano-PE |
O título de RPPN foi concedido pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) em junho de 2002, devido à bela paisagem natural encontrada na fazenda, além da diversidade da fauna e da flora da região o que torna o primeiro Inselbergue na categoria de RPPN.
Na
geomorfologia um inselbergue são blocos rochosos resíduos de processos erosivos
de Pediplanação, em climas áridos quentes. Algumas vezes observa-se na
literatura citações de pães de açúcar como se fossem inselbergue, mas segundo
Antonio Texeira Guerra (1980) afirma que o Prof.Wilhem Kegel ao estudar os
serrotes, nas região dos Cariris Novos (Ceará-Piauí) diz que os mesmo formam,
em certos casos inselbergues, concede-se nesses casos no qual se enquadra a
denominado Pedra do Cachorro, como elevações pouco alongadas e relativamente
ilhadas em meio aos pediplanos, cuja evolução se fez em função de um sistema
erosivo com o clima semiárido.
Os inselbergues por se localizar em área semiáridas os processos
dominantes erosivos são do tipo mecânico e químico que atuam sobre suas
encostas, permitindo o desenvolvimento de processos erosivos que diminuem
gradativamente as encostas rochosas, fazendo recuar as vertentes, à medida que
a erosão avança, a extensão dos inselbergues diminui, originando no contato das
encostas uma rampa de denominado knick point (MAIO, C.R.1987).
Referencia:
CARACTERIZAÇÃO E ANALISE GEOLÓGICA E GEOMORFOLÓGICA DE INSELBERGUE NO AGRESTE SEMIARIDO DE PERNAMBUCO: O CASO DA PEDRA DO CACHORRO SÃO CAETANO – PERNAMBUCO; AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM – AEB, FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E APLICADAS DO BELO JARDIM – PE, NUCLEO DE PESQUISA -NEPE, NATALICIO DE MELO RODRIGUES, Belo Jardim – PE, 2015.