terça-feira, 20 de maio de 2014

MUDANÇA DE FUNÇÃO NOS BREJOS DE ALTITUDE PERNAMBUCANO

* OS BREJOS ONTEM E HOJE

INTRODUÇÃO
Os Brejos de Altitude são disjunções de floresta atlântica proporcionada pelos acidentes orográficos de tais áreas com elevações superiores a 600 m altitude em relação ao nível do mar que possuem características atípicas das áreas em seu contorno, essas áreas apresentam condições pluviométricas distinta a sua adjacência, com índices que passam dos 1.000 m anuais e condições de temperatura amena pela sua elevação e pela presença de uma vegetação arbórea verde durante todo o ano, solos profundos pelo grande grau de intemperismo químico. Esses espaços apresentam boa capacidade hídrica com várias nascentes que dão origem a riachos e rios muitas vezes perenes que dão suporte a agricultura local e ao abastecimento hídrico da cidade.
No passado essas áreas apresentavam enorme significância para seu entorno pela produção agrícola de vegetais e frutas, pois forneciam essas mercadorias nos dias de feiras.  Hoje embora dotados das mesmas condições naturais, não são mais capazes de alimentar as cidades, e sua produção fica muito aquém das necessidades, deve-se considerar os impactos ambientais que já são bastante marcantes. Hoje a modernidade reduziu quase que totalmente suas funções, modificando assim o sua produção, a importância das trocas, e seu alcance regional a uma condição periférica no sistema capitalista. A agricultura moderna com irrigação, controle produtivo e mercado abrangente sob a égide das grandes corporações de comercio agrícolas atuam sobre as redes, cidades e consequente os brejos, que agora se ver a consumir as técnicas advindas das cidades, como é o caso das sementes, técnicas de cultivas, máquinas e interferência nos preços.  Palavras chave: Brejos, Função dos objetos, Brejos de Pernambuco.

Paisagens de exceção e brejos
            As paisagens de exceção constituem fatos isolados, de diferentes aspectos físicos e ecológicos inseridos no corpo geral das paisagens habituais. Mais que isso são referências para o homem desde a pré-história. Enfatiza-se que as paisagens de exceção serviram de referência para os nossos antepassados, e por isso devem ser bem conservados e protegidos. Tendo uma localização, quase sempre, muito distanciada entre si, os sítios de paisagens bizarras em um país de tamanho gigante raramente podem ser conhecidos ou estudados em sua totalidade (AB’SABER, p. 149, 2003).
            Na linguagem simbólica utilizada nas ciências biogeográficas sucedem-se termos para designar “ilhas” de vegetação aparentemente anômalas, identificadas nos corredores de grandes domínios morfoclimáticos e fitogeográficos (AB’SABER, p. 145, 2003). O mais singelo desses termos é certamente a expressão relicto, aplicada para designar qualquer espécie vegetal encontrada em uma localidade específica e circundada por vários trechos de outro ecossistema.
            Um outro termo usado para designar manchas de ecossistemas típicos de outras províncias, porém, encravado no interior de um domínio de natureza totalmente diferente , é utilizada a expressão “enclave” fitogeográfico. Conforme Ab’ Saber ao explicar a razão de serem esses “enclaves” ecossistêmicos foi necessário toda trajetória de pesquisa que tornou possível a Teoria dos redutos e refúgios. Na realidade, os “enclaves” de ecossistemas em espaço de médio porte refletem a dinâmica das mudanças climáticas e paleoecológicas do período quaternário (AB’SABER, p. 145, 2003).
Lins, 1989 conceitua como brejo “Subespaços úmidos que apresentam formas diversificadas de uso que as diferenciam das dominantes, no interior das quais se encontram situados”. Como sub - unidades regionais, que são, essas manchas úmidas reclamam uma caracterização geográfica sistemática ( ANDRADE, 1963).
            Os espaços subúmidos se destacam dos espaços semiáridos, dominantes na região, por suas condições agroecológicas excepcionais refletidas nos tipos e desempenho dos sistemas agrícolas em que sobressaem as lavouras e o manejo de baixo e ou médio nível tecnológico. Existem diferentes tipologias de brejos: Brejo de Várzea, Brejo de Fundo úmido e ou Vale e por fim Brejo de Altitude ou Exposição, que apresentam princípios fitoecológicos similares, mas com características próprias (LINS, 1989).
            Muitos desses espaços de exceção estão concentrados na faixa de rebordo do Planalto da Borborema. Eles ocupam posições inferiores do relevo e alternam com os Brejos de Altitude e estão caracterizados por condições climáticas com as mais elevadas cotas pluviométricas e pouca ou quase nenhuma deficiência hídrica, por exemplo o Brejo do Mimoso. Nesses ambientes a hidrografia é permanente e vegetação natural hidrófila, nesses campos de várzea, seus solos são moderadamente ou poucos desenvolvidos, profundos, argilosos, imperfeitamente drenados, ácidos, comumente saturados com água, durante boa parte do ano, sujeito a inundações com baixa fertilidade, denominados entre eles o hidromórficos e os aluviais distróficos (LINS, p 99, 1989).
Essa acuidade, permitiu desenvolvimento de uma série de estudos, que perpassa por diversos autores brasileiros que deram grande contribuição para explicação e origem, desenvolvimento e tipologia dos brejos, entre os quais destacam-se: Ab’Saber (USP), Raquel de Caldas - UFPE, Vasconcelos Sobrinho (UFPE), Gilberto Osório de Andrade (UFPE), só para citar alguns e a relevância desse tipo de pesquisa.

 TIPOS DE BREJOS

 Brejo de Vale

            São tipos agroecológicos de espaços ocorrentes entre algumas áreas serranas agrestinas, como a Serra do Mimoso e outras serras, constituídos por relevo pouco movimentado ou plano, com altimetria entre 500 a 700 metros, clima sub-úmido, com pluviosidade em torno de 700 a 900 mm anuais, com pouca ou moderada deficiência de água, hidrografia permanente e ou semipermanente e ou temporária, vegetação natural de floresta caducifólia / caatinga hipoxerófila, atualmente devastada em sua quase totalidade, e solos pouco desenvolvido, moderadamente profundo, textura média, boa disponibilidade de água, ácido a pouco ácido e com baixa a média fertilidade, onde dominam os aluviais distróficos e eutróficos (LINS, p 99, 1989).
            Ampla diversificação das formas de uso é constatada nessas áreas, onde os sistemas agrícolas envolvem culturas permanentes, como as de frutas diversas, de banana, de citros, de coco, e de pinha, assim como culturas temporárias, que incluem as hortaliças, de flores, de mandioca e de milho, além de pastagem de capineiras. Deficiência temporária de água e em alguns casos, a deficiência de fertilidade são seus principais entraves ao uso agrícola e em face disso esses espaços são dotados de regular e ou restrita aptidão para o uso com culturas. Os problemas acima referidos são superados através das práticas como a irrigação e as adubações orgânica e inorgânica.

Brejo de Altitude ou exposição

            Os brejos de altitude constituem zonas fisiográficas de maior importância para o suporte econômico das áreas semiáridas do Nordeste (SOBRINHO,1970). Segundo Paulo Kageyama (2004) “os brejos de altitude nordestinos são enclaves da Mata Atlântica, formando ilhas de floresta úmida em plena região semiárida cercadas por vegetação de caatinga, tendo uma condição climática bastante atípica com relação à umidade, temperatura e vegetação e com pouco conhecimento sobre sua vegetação e ecologia”.
A predominância do extrativismo de madeira e de lenha como principal fonte de energia, tanto para as indústrias de gesso como para a população, colocam em risco esse bioma ainda tão pouco conhecido. Por outro lado, este bioma é rico em conhecimento popular tradicional, tanto sobre plantas medicinais fitoterápicas como sobre a cultura alimentar, e pode apontar alternativas para a conservação e o uso sustentável de sua biodiversidade.
Lima (1960) o brejo de Altitude constitui em Pernambuco disjunções de floresta tropical perenifólia, dentro da zona Caatinga, e por suas condições geoambientais localizam-se, via de regra, nos níveis superiores das serras, quer graníticas, quer cretácea, acima de cotas nunca inferiores aos 500 metros, e progressivamente maiores, no sentido geral SE-NW, até os 1.100 metros.
Por sua vez, o Geógrafo Gilberto Osório de Andrade define como brejo de altitude “Subunidade regionais, que jamais ultrapassam 1020 m sobre o nível do mar e geralmente tem menos de 600 m de relevo local(...) Há que levar em conta solidariamente os suprimentos hídricos atmosférico que nelas acarretam precipitação responsáveis pelas manchas úmidas. Ora esses suprimentos são de origem remota. O ar límpido, de baixa umidade relativa, dos sertões que as circundam não lhe proporcionam valores higroscópicos susceptíveis de condensação  a tão modesta altitude. Trata-se então de verdadeiros complexos circunstanciais solidária, cuja resultante se exprime em termos de exposição. Exposição ao fluxo de massas advectivas de ar úmido, ou à dilatação de massas conectivas nevoentas.
Em suma, de posição geográfica em relação as regiões de origem dessas massas e de postura em função da direção geral em que elas anualmente se propagam. Os Brejo de Altitude são elevações montanhosas com altitudes que variam de 600 metros a 1000 metros quando considerado apenas a nível do mar, mas quando considerado o relevo local chegam no máximo a 600 metros de altitude. Entretanto são valores que influenciam na pluviosidade e umidade mais regulares, com ou sem fontes d’água, solo profundo de argila ou sílica, com revestimento de floresta ou de capoeiras de aspecto mais higrófilas que as Caatinga.
            Lins (1989) definiu  brejo de altitude são espaços relevo com gradientes, suaves a fortes com altitudes superiores a 600 metros acima do nível do nível local, raramente ultrapassando 1000 metros acima do nível do mar, clima úmido e ou sub-úmido, com cotas pluviométricas entre 900 e 1.300 mm anuais e pouca deficiência hídrica, hidrografia permanente e ou semipermanente. Sua vegetação natural primitiva de floresta subcaducifólia e ou subperenifólia em sua maioria erradicada, foi substituída por formações secundárias e seus solos são muitos desenvolvidos, muito profundos, argiloso, com alto teor de água disponível, pouco ácido a ácido, com média a baixa fertilidade, onde dominam os podzólicos vermelho – amarelos eutrófico e distrófico com ou sem ar proeminente e os latossolos vermelho – amarelo húmicos e os amarelos, ambos distróficos.
            Lavouras permanentes como as de banana, das frutas, de café, de citros secundadas por lavouras temporárias como as de hortaliças, de flores, de mandioca, de milho e de feijão, dominam nos agrossistemas e comumente são conduzidos em manejo de baixo e ou médio nível tecnológico.
            As principais limitações das condições agrícolas ao uso com a agricultura são a suscetibilidade, a erosão, a obstáculos e à mecanização, devido a natureza do solo e ao gradiente do relevo, a deficiência de água durante os meses secos e a deficiência de fertilidade, em alguns solos. Por essa razão, num manejo de médio nível tecnológico e na dependência da classe do solo e de sua fase, assim como do gradiente do terreno são espaços que apresentam um potencial agroclimático de bom a restrito para uso agrícola (LINS, p 97, 1989).
            Por sua vez Vasconcelos Sobrinho definiu os brejos de altitude como “(...) um acidente orográfico que por sua elevação acentuada, incidência de correntes atmosféricas úmidas e natureza do solo, condicionam uma vegetação predominantemente mais higrófila que as áreas circunvizinhas em meio as que se encontram situados”.

A Teoria dos redutos como modelo teórico para explicação da origem dos brejos no semiárido do Nordeste brasileiro

Em uma visualização dinâmica e interdisciplinária dos fatos paleoclimáticos e paleocológicos, pode-se sintetizar os acontecimentos do seguinte modo: no período de Wurm IV – wiscosim superior, durante a última glaciação pleistocênica, quando se formaram fantásticas geleiras nos pólos Sul e Norte e em cordilheiras e altas montanhas, o nível do mar desceu até 100 metros menos do que é seu nível atual. As temperaturas médias em todo planeta baixaram de 3º a 4ºC, rebaixando o nível de calor das terras baixas intertropicais e tornando bem mais frio o ambiente das regiões subtropicais e temperada e muito fria a temperatura das montanhas a altiplanos existentes à altura dos trópicos (Itatiaia, por exemplo, entre nós) (AB’SABER, p. 52, 2003).
O grande acontecimento, porém, foram os deslocamento das correntes marítimas frias ao longo da face leste dos continentes, sujeitos, até então, apenas aos efeitos de correntes quentes, propiciadoras de umidade. As correntes frias projetando-se para o norte até a altura da Bahia, no caso brasileiro – contribuíram para barrar a entrada de umidade atlântica, devido a uma atomização das massas de ar úmido. Estando o mar em nível mais baixo, as correntes frias (Malvinas/Falklands) ficavam mais distantes da costa antiga, contribuindo indiretamente diretamente para expansão dos climas semiáridos ao longo do litoral recuado e na retroterra de algumas regiões situadas em depressões de escarpa e serranias, ou em forte transição da faixa sub-litorânia na direção dos sertões da época (AB’SABER, p. 53, 2003).
Figura 1:No modelo acima citado por Viadana (2002), observa-se que no primeiro quadro representado as condições climáticas atuais, havia um predomínio das massas de ar quente no litoral acentuando a umidade no litoral. No quando seguinte a direita mostra a condição paleoclimáticas da influencia da dinâmica da corrente fria de Falkland atuando sobre o litoral Sul e Oeste do litoral do Brasil, nessa condição os ventos frios inibiam as precipitações pluviométricas do litoral, condição que favoreceu a expansão da semiaridez.

Foram esses processos paleoclimáticos que se fizeram atuar, progressivamente, por alguns milhares de anos, provavelmente 23.000 anos A.P até 12.700 anos A.P. (Antes do Presente). Nesse intervalo de tempo os “corredores” da semiaridez em processo, feneceram as coberturas florestais anteriores, processou-se uma generalizada dessolagem dos horizontes superficiais dos solos preexistentes e um extraordinário avanço das caatingas por muitos setores dos planaltos e terras baixas interiores do Brasil.
Concomitantemente com a progressão da semiaridez, houve recuo e fragmentação dos espaços anteriormente florestados permanecendo matas biodiversas apenas na “ilhas” de umidade testada de algumas escarpas voltadas para os ventos úmidos de exceção, tendo as florestas anteriores ao avanço da semiaridez permanecido em redutos, sub a forma de ecossistema minoritário ao seu entorno (AB’SABER, p. 53, 2003).

Características da vegetação dos Brejos

            A floresta Atlântica brasileira é uma das 25 prioridades mundiais para a conservação. Calcula-se que essa floresta abrigue 20.000 espécies de plantas vasculares, sendo 8.000 endêmicas (MYERS ET AL. 2000). Além do alto grau de endemismo observado em alguns grupos vegetais (veja Mori et al. 1981, Peixoto & Gentry 1990, Thomas et al. 1998), a floresta Atlântica apresenta elevada riqueza e diversidade de espécies (Begon et al. 1996) que, em alguns locais, são superiores às observadas em trechos de floresta Amazônica (Silva & Leitão Filho 1982; Brown & Brown 1992).
         Com base na distribuição dos tipos de vegetação, estima-se que a floresta Atlântica nordestina cobria uma área contínua de floresta com 76.938 km², ou 6,4%da extensão da floresta Atlântica brasileira, distribuídas em cinco tipos vegetacionais: 1. Áreas de tensão ecológica 43,8%; 2.floresta estacional semidecidual 22,9%;3.floresta ombrófila aberta 20,5%; 4.floresta ombrófila densa 7,9%; e5.formações pioneiras 6,1%.Nessa tipologia existem ainda as florestas de terras baixas (< 100 m de altitude), submontanas (100-600 m) e montanas(> 600 m) (IBGE 1985).




Figura 2 E 3: A cima e a esquerda observa-se aspectos naturais da vegetação de Caatinga presente no semiárido pernambucano, particularmente ao Sul de Belo Jardim. A baixo e a direita ver-se aspecto do Brejo de Altitude de Serra dos Ventos distrito rural de Belo Jardim-PE, é possível observa a barragem de Tabocas e ao fundo a direita fragmentos da Mata Atlântica- Acerbo da FABEJA-  Cidade de Belo Jardim-PE. Fonte: Natalício de Melo. 2010.

Parte da floresta Atlântica nordestina é composta pelos brejos de altitude: “ilhas” de floresta úmida estabelecidas na região semiárida, sendo cercadas por uma vegetação de caatinga (ANDRADE & LIMA, 1982). Os brejos são “áreas de exceção” dentro do domínio do nordeste semiárido (LINS, 1989). A existência dessas ilhas de floresta em uma região onde a precipitação média anual varia entre 240 - 900 mm (IBGE 1985; Lima, 1989) está associada à ocorrência de planaltos e chapadas entre 500 - 1.100 m altitude (e.g., Borborema, Chapada do Araripe, Chapada de Ibiapaba), onde as chuvas orográficas garantem níveis de precipitação superiores a 1.200 mm/ano (ANDRADE & LIMA, 1960; 1961) (Figuras 2 e 3).



Figura 04: O MITO DA BORBOREMA: Perfil esquemático representando a formação de chuvas orográficas e sua possível influencia na manutenção das condições agroambientais dos brejos de altitude no Planalto da Borborema, região  que abrange principalmente a Paraiba e Pernambuco do Nordeste do Brasil. Vale salientar que muitos autores  erroneamente afirmam que a Borborema seria responsável pela semiaridez, mas trata-se de um mito, uma vez que as encostas a barlavento são descontinua e apresenta altitudes modesta, raramente ultrapassando 800 m, assim, incapaz de provocar uma mancha tão grande como a do semiarido nordestino situado a sotavento. Vale salientar que a maior parte das nuvens ou massas que atuam nessas vertentes  se formam inicialmente no oceano Atlântico, nesse local de origem há uma grande incidência de energia solar, essa quando combinadas com condições marítimas de abundancia de águas, propiciam elevação de água por processo de evaporação, consequentemente iniciam-se aumento de umidade nas nuvens, formando as do tipo cúmulos nimbos, as diferenças de temperatura atua que através dos ventos quentes e úmidos fazem-na deslocar-se do ponto de origem oceânica para o continente, o efeito continentalidade combinados com o efeito altitude, propicia a condensação, saturação, e por fim a precipitação nas áreas elevadas do relevo formando as chuvas orográficas nessa área. Fonte: Adaptado de Mayo & Fevereiro,1982.


 HIPSOMETRIA DOS BREJOS DE PERNAMBUCO
             
O relevo pernambucano é moderado em questões de altimetria cerca de 76% do território estão abaixo dos 600m. A classificação em nível do primeiro táxon se dar basicamente por três tipos: Fragmentos da extensa planície do Brasil ou Planície litorânea, onde se localiza a capital quase que em sua totalidade ao nível do mar,  nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes; o Planalto da Borborema que abrange parte do Agreste e parte do Sertão; a Depressão Sertaneja que constitui a maior parte das cotas de altimetrias mais baixa.
A baixada litorânea no litoral trata-se de uma grande planície costeira de origem sedimentar e altitude que oscila entre 0 a 10 metros, apresenta feições onde sobressaem praias e restingas. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa em direção ao sertão.
Após a Planície litorânea área  de sedimentação, encontra-se a  Zona da Mata tem como traço característico de sua paisagem um relevo marcado pela predominância de morros e colinas,  marcada por formações onduladas ou melonizadas, características denominadas pelo geógrafo francês Pierre Deffontaines e consagrada pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab'Saber, como domínio de "Mares-de-Morros", expressão para designar o relevo das colinas.
Após a Zona da Mata segue-se ao Planalto da Borborema a principal formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste. O inicio do Planalto da Borborema em Pernambuco seguindo a rota BR232 ocorre na conhecida popularmente Serra das Russas, onde predomina contas de altitude média de 700m-900m, distribuída irregularmente sobre uma vasta área que abrange os limites do Estado de Alagoas ao Sul e Paraíba ao Norte. Nessas área destaca-se o maciço dômico de Garanhuns, a Serra da Barriga em Palmares, ambas com altitude média entre 800m a 900m de altitude. Entretanto há elevações acima de 1000 m de altitude, como é caso do Pico do Jabre na Microrregião do Pajeú, próximo ao município de Triunfo, o ponto mais alto é o Pico do Papagaio com 1.260 metros, no limite com o sudoeste da Paraíba, é sobre essas vasta região altimétrica que   vamos encontrar os brejos pernambucanos
O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 600m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. 

Figura 3:As cores e sua variação representada na figura simulam as variações das cotas altimétricas presente no Planalto da Borborema em relação ao nível do mar. A linha em cor azul os limites da territorialidade do Oceano Atlântico. As cotas altimétricas estão representadas por cor e nível de altitude. As cotas de 900 e 1000 metros em cor vermelha distribuídas em locais específicos, nesse caso exemplificam as colinas do morro do Magano no município de Garanhuns, são hoje os antigos testemunhos de pediplanos do período geológico denominado pleistocênico, cognominados hoje de Pd3 e realçadas pelos pediplanos mais recente e de cotas mais baixas. As cotas em tom verde claro e amarelo que variam entre 800-500 são superfícies pediplanas exaltadas no pleistoceno denominadas de Pd2 e predominam em partes do sertão e principalmente no agreste; são as elevações denominadas Pd3 e Pd2 locais onde se encontram os brejos de altitudes; por fim o Pd1 que vai de 40 metros até 500; as demais cotas são partes dos sedimentos denominados Barreira e acumulação e sedimentação litorânea ou praias representadas pela cor verde piscina. Fonte: Embrapa, 2012.


Localização dos Brejos de Altitude
                                                                                              
De acordo com Vasconcelos Sobrinho (1971), existem 43 brejos na floresta Atlântica nordestina, distribuídos nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, cobrindo uma área de pelo menos 18.589 km2. Somente Pernambuco e Paraíba possuem 31 brejos, distribuídos em 28 municípios do agreste e sertão (quadro 02). Assim, pelo menos 1/4 da área de distribuição original da floresta Atlântica nordestina é representada pelos brejos de altitude.

Estados
N° de Brejos
Área Floresta em Km²
%
Ceará
11
6.596,5
35,48
Rio Grande do Norte
5
1.147,5
6,18
Paraíba
8
6.760
36,37
Pernambuco
23
4.850
21,97
Total
47
18.589
100
 Quadro 1.Localização dos Brejos no Nordeste do Brasil.

Localização e tipologia do brejos Pernambucanos

Localização dos brejos de Pernambuco
Nome
Tipo
Localização
Coordenadas
Triunfo
Exposição a barlavento
Triunfo
7° 49’, 38° 6’
Tacaratu
Altitude
Tacaratu
9° 05’, 38° 7’
Mimoso
Fundo de vale a barlavento
Arcoverde
8° 25’, 37° 2’
Serra das Varas
Exposição a barlavento
Arcoverde
8° 25’, 37° 2’
Taquaritinga
Altitude
Taquaritinga
7° 54’, 36° 1’
Serra dos Cavalos
Altitude
Caruaru
8° 16’, 35° 58’
Gravatá
Altitude
Gravatá
8° 12’, 35° 32’
Bezerros
Altitude
Bezerros
8° 19’, 36° 25’
Camocim S. Felix
Altitude
C. S. Félix
8° 21’, 35° 45’
Agrestina
Altitude
Agrestina
8° 27’, 35° 56’
Catimbau
Pernambuco
Buíque
8° 37’, 37° 8’
Cabo do Cambo
Exposição a barlavento
Buique
8° 37’, 37° 9’
São José
Pernambuco
Moxotó
8° 43’, 37° 31’
Serra Negra
Exposição a barlavento
Bezerros
8° 13’, 35° 46’
Serra Negra
Exposição a barlavento
Floresta
8° 36’, 38° 34’
Serra Olho d’Água
Pernambuco
Belo Jardim
8° 19’, 36° 25’
Serra do Vento
Pernambuco
Belo Jardim
8° 19’, 36° 25’
Serra do Genipapo
Pernambuco
Sanharó
8° 21’, 36° 32’
Serra de Ororubá
Exposição Barlavento
Pesqueira
8° 19’, 36° 46’
Poção
Altitude
Poção
8º11’, 36º42’
Serra do Comunati
Altitude
Águas Belas
9° 5’, 37° 7’
Serra do Arapuã
Pernambuco
Floresta
8° 36’, 38° 34’
Serra do Araripe
Altitude
Exu
7° 30’, 39° 43’
Quadro 2: Brejos Pernambucanos; Autor: Natalicio de  Melo, 2014.

A mudança de função nos Brejos
As condições privilegiadas dos brejos de altitude do passando e ainda mantidas em parte no presente aida mantem pecuaristas e agricultores, que, através da criação de gado e do desenvolvimento de lavouras permanentes, como as de banana, café e citros, entre outras, circundadas por lavouras temporárias, como as de hortaliças, mandioca, milho e feijão, constituem ainda hoje parte da base da estrutura socioeconômica desse setor, esse dotado de elementos naturais presente hoje em floresta Atlântica.
Segundo Lins (1989), a população dos brejos era distribuída de forma desproporcional entre proprietários, arrendatários, parceiros e ocupantes, sendo, em sua maioria, constituída por analfabetos ou semianalfabetos que manejavam a terra por meio de técnicas tradicionais, reduzindo a produtividade. Segundo a autora, boa parte da população era subnutrida, enfrenta desemprego sazonal (durante as entressafras) e tem difícil acesso aos principais serviços básicos, situação muito diferente das que encontramos hoje.
De fato os espaços de Brejos de modo geral tiveram  no passado próximo uma enorme importância para economias locais, período em que as redes principalmente rodoviárias eram precárias tornando a ligação entre as cidade muito tênue, nessa condição a trocas de objetos eram ineficientes, de modo eram as regiões dominava as cidades, ao contrário de hoje inseridos na modernidade onde as cidades dotadas de redes das mais diversas exercem um domínio no entorno e fazem a regiões.
Gilberto Osório quando estudando os brejos elucidando as condições de ausência de redes e privilegio dos brejos afirmou: “(...) se feira terminou, quando desmancha as barracas e os toldos, vê-se os feirantes com os seus burros, e caixas, e balaios, rumando estrada a fora de regresso aos celeiros escondidos, são os Brejos” (OSÓRIO,1964). Hoje apenas algumas dessas feiras regionais mantem como importante, o mesmo se pode dizer das formas de produção, conservação armazenamento, e principalmente transporte.
Foi no passado ao sopé das serras de Brejo, que se desenvolveram-se muitas povoações ou situaram-se mesmo dentro de suas áreas, quando suficientemente amplas. Deste modo, os brejos constituíam de fato pólos de desenvolvimento e alimentava as cidades, foram eles os criadores da civilização agrícola da caatinga.
Hoje embora dotados das mesmas condições naturais, não são mais capazes de alimentar as cidades, e sua produção fica muito aquém das necessidades, deve-se considerar os impactos ambientais que já são bastante marcantes.
A modernidade reduziu quase que totalmente suas funções, modificando assim o sua produção, a importância das trocas, e seu alcance regional a uma condição periférica no sistema capitalista. Hoje a agricultura moderna com irrigação, controle produtivo e mercado abrangente sob a égide das grandes corporações  de comercio agrícolas atuam sobre as redes, cidades e consequente os brejos, que agora se ver a consumir as técnicas advindas das cidades, como é o caso das sementes, técnicas de cultivas, máquinas e interferência nos preços. 
Um outro exemplo claro dessas mudanças espaciais considerando a escala temporal e a presença de condomínios de luxo, hotéis fazenda e outras atividades que priorizam a exploração não da sua capacidade produtiva, mas sim das sua potencialidades naturais e turísticas.
Segundo Manoel Correia de Andrade (1968) os brejos quando centro de desenvolvimento econômico apresentava duas paisagens naturais que deram origem naturalmente, as formas de povoamento, de exploração do solo e de paisagens culturais. Assim, nos planaltos existiam em geral grandes propriedades dedicada a pecuária extensiva de bovinos, caprinos e ovinos e à cultura do algodão.
Nas serras a paisagem era bem diversa, e o povoamento desses ambientes foram mais recente, pois os primeiros povoadores do sertão poucos numeroso e preocupados com a pecuária só as procuravam nas épocas de seca e às vezes para fazer pequenos roçados de lavoura de subsistência. Foi nesses ambientes  que  se refugiavam também, nos dois primeiros séculos, os indígenas, que só perderam o domínio das mesmas após a demorada Guerra dos Bárbaros.
Esses brejos também se especializam-se sobre tudo na cultura do café e da cana-de-açúcar para produção da rapadura e aguardente: nos últimos anos, porém, impossibilitados de competir com os produtos oriundos de áreas melhor localizadas, vem evoluindo para a policultura, desenvolvendo o cultivo de milho, do arroz e do feijão ao lado dos produtos tradicionais. (CORREIA, 1968, p.113-5).

 Degradação nos Brejos

Pesquisa cientifica sobre brejos, realizadas na década de 60 pelo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, coordenadas por Gilberto Osório de Andrade e Rachel Caldas Lins, resultaram em monografias, publicadas sob mote comum de As “ilhas” úmidas do agreste e do sertão. Andrade & Lins (1980), fazem importante referência sobre a função de fornecedor de alimentos exercida pelos brejos, isto é, tanto nas cidades agrestinas quanto nas sertanejas, chegando inclusive a denominá-los como celeiros de alimentos.
Por conta dessas condições oferecidas, Pernambuco era considerado um Estado privilegiado possuindo cerca de 22 importantes brejos (ANDRADE & LINS, 1980, p.2; VASCONCELOS SOBRINHO; 1970, p.83). Melo (1958, p.58), endossa a afirmação sobre essa função espacial exercida pelos brejos, quando afirmou que embora as cidades não fossem filhas dessas manchas úmidas escondidas, delas se nutriam.
Como afirmamos em momentos anteriores os brejos ainda exercem a função econômica tênue de fornecedor de alimentos, principalmente de origem escalar espacial. Sabe-se, porém, é que esse objeto espacial não vai deixar de ser brejo, pois as características físicas definidoras que lhe são atribuídas independem de sua função econômica. O que ocorre é apenas a mudança de função econômica, pelo menos em teoricamente. Exemplo dessa mudança pode ser observado no decreto lei nº. 4.340 de 22/08/02, que atribui ao antigo Brejo do Catimbau e áreas de adjacências uma nova função, a de Parque Nacional associado à proteção ambiental, pesquisas cientificas, e atividades turísticas, condição que requer sua preservação.
Na verdade, os objetos espaciais tendem a mudar de função, e isso decorre da evolução permanente do espaço geográfico. Tal evolução resulta da ação de fatores externos e internos. Assim, a introdução de uma nova estrada, a chegada de novos capitais, ou mesmo a imposição de novas regras (preços, moeda, impostos etc.) ‘tendem a levar às mudanças espaciais, do mesmo modo que a evolução norma das próprias estruturas, isto é, sua evolução interna, conduz igualmente a uma evolução ou mudança de função’ (SANTOS,1985,p.13).
Santos (1985, p.13) afirma:“na medida em que a economia se amplia e que relações entre as variáveis passam a se dar, não apenas em escala local, mas a escalas espaciais, cada vez mais amplas e complexas”, assim, “o pequeno lugar, na mais distante fração do território, passa a ter influências de outros lugares, de onde vem matéria-prima, capital, mão-de-obra, ordens, e recursos diversos”. Dessa forma, “o papel regulador das funções tende a escapar”, ‘(...) é aquilo que se poderia chamar sociedade local, passando a cair nas mãos de outros centros de decisão longínquas e estranhas às sua finalidade local’. Essa afirmação de Santos (1985) faz pensar particularmente no caso do brejo do Catimbau e a função que ele exercida no passado e, a sua atual condição de parque.
            Os brejos poderiam foram considerados como unidades superiores de recursos naturais renováveis; megassistemas, se aceitos como complexos harmônicos resultantes de unidades menores que mutualmente se condicionem: solo, clima, água do solo, vegetação e fauna. E, como tal, são duplamente vulneráveis: em cada um dos seus componentes e no seu todo (SOBRINHO, p84 e 85. 1970).
            Sobrinho já na década 70 percebeu um fato que é constatado pelos estudiosos exemplos de constatação dos primeiros impactos ambientais, mostrava já naquela época o extremo grau de degradação presente nos brejos: uns poucos, embora apareçam férteis, já não possuem as condições primitivas de produtividade que ofereciam aos primeiros ocupantes. Por conta desses impactos já esperava uma progressiva decadência em sua produtividade; em sua capacidade como centros de abastecimento das áreas que lhe eram dependentes: eles próprios cada vez mais densamente povoados, diminuindo suas áreas de cultivo.
            Hoje tendo em vista as potencialidades do solo de grande parte da florestas nordestina, incluindo os brejos, tem sido convertida em terras agricultáveis (Viana et al. 1997); as reservas naturais são pequenas e mal manejadas (Dias et al. 1990, Lima & Capobianco 1997) e a caça de subsistência é praticada de forma generalizada (ALMEIDA ET AL. 1995). De acordo com Ranta et a, (1998), grande parte do que restou desta floresta é composta por arquipélagos de fragmentos florestais, a maioria deles com menos de 10 hectares de área. Mesmo em áreas protegidas, a ausência de grandes vertebrados é a regra (TABARELLI, 1998).

Tipos de Vegetação
Vegetação original (Km²)
Vegetação remanescente (Km²)
% do total
Formação pioneiras
4.739,06 (6,1%)
707,33
14,9

Áreas de tensão ecológica
  33.684,03 (43,8 %)
1.465,56
4,35

Fl. Estacional semidecidual
17.677,5 (22,9)
1.942,7
10,9

Fl. ombrófila Densa                       
6.122,01 (7,9%)                   
277,9
4,5

Flombrófila aberta                       
14.715,86 (20,5%)
1.499,62               
10,19

Total
76.938,46
5.983,1     
7,6
Quadro 03: Na tabela acima apresentam-se os tipos de vegetação e vegetação remanescente na floresta Atlântica nordestina. Na primeira coluna encontram-se os tipos de vegetação da floresta Atlântica, onde se percebe cinco sub-tipos de vegetação Atlântica; já na segunda coluna se enfatiza a quantidade total em Km² de cada sub-tipo de vegetação Atlântica e suas áreas em percentagem; na terceira coluna encontra-se a quantidade dos remanescentes em Km² dos sub-tipos da vegetação Atlântica e na quarta coluna o percentual dos remanescentes dos sub-tipos de floresta Atlântica; por fim na última linha o total do quantitativo de cada coluna. Fonte: SOS Mata Atlântica (1993), IBGE (1985).

Lins em 1989, já advertia que de forma mais sistemática, os brejos vinham sendo convertidos em lavouras de café, banana e culturas de subsistência, como milho, feijão e mandioca, desde o século XIX. Tais atividades vinham representando perda e fragmentação de habitats, extração seletiva de plantas (e.x, madeiras, bromélias, plantas medicinais) e eliminação de grandes vertebrados pela caça (VASCONCELOS SOBRINHO 1971, SILVA & TABARELLI 2000). Sobrinho (1971) relata a existência de extensas florestas dominadas por cedro (Cedrelafissilis Vell Meliaceae) que sucumbiram devido à exploração madeireira na década de sessenta.
Na verdade, as grandes maiorias das principais cidades situadas na região do semiárido nordestino estavam situadas nas áreas de brejo, que ainda constituíam celeiros agrícolas (LINS, 1989), embora hoje ainda sejam importante na escala local. O “refúgio das plantas” também foram tido como um refúgio para as populações humanas pobres do semiárido nordestino.
Estudos atuais apontam que atualmente, restam 2.626,68 km² da vegetação original dos brejos (Tabela 4), a qual já representou, pelo menos, 18.500 km² de florestas semideciduais e ombrófilas abertas. Estes 2.626,68 km² de vegetação incluem também mosaicos com vegetação de cerrado e de caatinga (e.x, Chapada do Araripe, Ibiapaba), não discriminados no mapa de remanescentes (SOS MATA ATLÂNTICA, 1993).
O valor da vegetação remanescente torna os brejos o setor mais ameaçado da floresta Atlântica brasileira, embora não seja possível estabelecer o quanto este valor representa em termos da área ocupada pela vegetação original, para a qual não há estimativas. Um outro setor ameaçado é a floresta Atlântica nordestina costeira (que se estende de Alagoas ao Rio Grande do Norte), que possui 3.197,62km² de floresta, mangues e restingas (5,6% da área de distribuição original, SOS Mata Atlântica 1993).

Tipos de vegetação              remanescente
Área de vegetação remanescente (km²)
% Vegetação

Áreas de tensão ecológica
872,86
33,2      
Fl. estacional semidecidual
1.057,94
40,3
Fl ombrófila aberta
695,88
26,5
Total
2.626,68
100
Quado 04. Nessa tabela encontramos os sub-tipos de vegetação remanescente nos brejos de altitude do Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco). Na primeira coluna temos os sub-tipos de remanescentes  vegetação nos brejo de altitude; na segunda coluna a área em Km²  remanescente dos sub-tipos de vegetação dos brejos de altitude; na terceira e última coluna o percentual de cada vegetação remanescentes e por fim na última linha o total em Km e Percentagem das vegetações remanescentes nos Brejos de Altitude. Fonte: SOS Mata Atlântica (1993), IBGE (1985).   


REFERENCIAS
Ab’Sáber, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas / Aziz Ab’ Sáber. – São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ANDRADE-LIMA, D. de. 1960. Estudos fitogeográficos de Pernambuco. Arquivos do Instituto de Pesquisa Agronômicas, v. 5, p. 305-341.
ANDRADE-LIMA, D. 1961. Tipos de floresta de Pernambuco. Anais da Associação dos GeógrafosBrasileiros 2:69-85.

ANDRADE, Gilberto Osório de, Lins, Raquel Caldas – Introdução ao estudo dos Brejo Pernambucanos, outubro de 1964.
ANDRADE, Gilberto Osório de, 1912. O “Brejo” da Serra das Varas( Arcoverde) por - Gilberto Osório de Andrade e Raquel Caldas Lins. Recife – Universidade Federal de Pernambuco – Imprensa Universitária – 1966. 20 p ilust.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ).
Sistema brasileiro de classificação de solos. – Rio de Janeiro : EMBRAPA-SPI, 2009.  xxvi, 412p. : il.

INSERÇÃO DE DADOS ALTIMÉTRICOS NA DIFERENCIAÇÃO DE TIPOS FLORESTAIS EM BREJOS DE ALTITUDE, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação- DECART;  Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Centro de Tecnologia e Geociências, Departamento de Engenharia Cartográfica

LINS, Raquel Caldas coord. Áreas de exceção do agreste de Pernambuco. Recife, SUDENE/PSU/SRE, 1989, 402 p. mapas (Brasil. SUDENE, estudos regionais, 20).
SOBRINHO, Vasconcelos. As Regiões Naturais do Nordeste. Recife, Conselho de Desenvolvimento de Pernambuco. 1970.

TABARELLI, M. 1998. Dois Irmãos: o desafio da conservação biológica em fragmento de floresta tropical. Pp. 311-323, in: MACHADO, I.C., A.V. LOPES & K.C. PÔRTO (orgs.) Reserva Ecológica de Dois Irmãos: estudos em um remanescente de Mata Atlântica em área urbana (Recife _ Pernambuco _ Brasil). Editora Universitária da UFPE, Recife.


Silva, Henágio José da. Impactos da Seca  Sobre a Produção Agrícola no Brejo de Altitude: O Caso da Comunidade do Amaro do Município do Brejo da Madre de Deus - Pe. Belo Jardim, o Autor, 2013.  Orientador: Natalicio de Melo Rodrigues.FABEJA- BELO JARDIM -PE. 2013.


*TEXTO EXTRAIDO DE TCC DE GEOGRAFIA CURSO PÓS-GRADUAÇÃO: IMPACTOS DA SECA  SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BREJO DE ALTITUDE: O CASO DA COMUNIDADE DO AMARO DO MUNICÍPIO DO BREJO DA MADRE DE DEUS - PE . ORIENTANDO:   HENÁGIO JOSÉ DA SILVA, ORIENTADOR: DR. NATALICIO DE MELO RODRIGUES








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