quarta-feira, 21 de maio de 2014

II.IMPACTOS DA SECA SOBRE A PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BREJO DE ALTITUDE: O CASO DA COMUNIDADE DO AMARO DO MUNICÍPIO DO BREJO DA MADRE DE DEUS - PE

BREJO DE ALTITUDE DO MUNICÍPIO DO BREJO DA MADRE DE DEUS - PE E A DEGRADAÇÃO DO SOLO - O CASO DA COMUNIDADE DO AMARO

PARTE II. Continuação.
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6.2 Características Geológica do Município de Brejo da Madre de Deus


Geologicamente, o corpo granítico do Batólito Brejo da Madre de Deus é parte integrante do Batólito Caruaru-Arcoverde, o maior corpo da associação cálcio-alcalina de alto potássio da Província Borborema, ocupando a porção centro-leste do mesmo e situado entre os municípios de Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus (Melo, 2002). A extensão lateral leste do batólito corresponde ao complexo ígneo cálcioalcalino de alto potássio Fazenda Nova/Serra da Japecanga (Neves e Vouchez, 1995). As rochas encaixantes do batólito Brejo da Madre de Deus são, ao sul, biotita xistos granatíferos, paragnaisses e ortognaisses graníticos a granodioríticos, e, a norte, ortognaisses graníticos a dioríticos e migmatitos.

A trama magmática, segundo Melo (op. cit.), possui, na porção central, foliação com direção aproximadamente NE-SW e mergulho variando de moderados a fortes para SE ou NW. No restante do batólito, predominam direções EW-NS e mergulhos fracos. Ainda na porção central observam-se zonas de cisalhamento mesoscópicas (Z. C. Fazenda Nova) exibindo critérios cinemáticos sinistrais originada em estágio submagmático, mostrando uma evolução na deformação de fluxo viscoso a deformação no estado sólido.

6.3 Características Pedológica do Município de Brejo da Madre de Deus

Tomando-se como base a classificação utilizada pelo levantamento de baixa e média intensidade de solos do Estado de Pernambuco produzido pela EMBRAPA – Solos (2002), a área de estudo apresenta um mosaico se solos.


Mapa 04: Mapa pedológico do município de Brejo da Madre de Deus. No mapa encontram-se cinco tipos de solos: em tom verde claro está presente o solo Planossolo que está bem presente na região do extremo Norte e centro-leste; em tom de marrom escuro observa-se-se o solo Brunos não cálcicos presente em menor proporção no município; de cor marrom claro e salteados em pequenas manchas por boa parte do município está os solos Litólicos; de cor amarelo claro observa-se, em menor quantidade no município o solo denominado Regossolos e por fim em to, de cinza escuro, em maior proporção e presente em toda região brejeira está presente o solo Podzólico Vermelho Amarelo que na nova classificação de solos é o Argissolos. Fonte: Zoneamento Agroecológicode Pernambuco - ZAPE (Silva, et. al., 2001) Direitos reservados: Embrapa Solos, UEP Recife.

A área apresenta Patamares Compridos e Baixas Vertentes, onde o relevo é suave ondulado, com Planossolos mal drenados, fertilidade natural média e problemas com acúmulo de sais; Topos e Altas Vertentes com solos Brunos não Cálcicos, rasos e fertilidade natural alta; Topos e Altas Vertentes do relevo ondulado com solos Podzólicos drenados, com fertilidade natural média e as Elevações Residuais com solos Litólicos rasos, pedregosos e fertilidade natural média (BRASIL, 2005).

6.4 Características Geomorfológica do Município de Brejo da Madre de Deus

Geomorfologicamente, a área do município de Brejo da Madre de Deus apresenta-se como um mosaico de morfofeições, largamente associado a superfícies aplainadas e bastante dissecadas. As formas inter-montanas são decorrentes das diversas fases de denudação pós-cretácea da Borborema. Os pedimentos formas onduladas que se direcionam ao talvegues dominam a paisagem, e muitas dessas ocupadas pelo plano urbano o que dar a cidade feições onduladas. Observa-se também algumas superfícies que elevam em pequenos patamares sem que haja uma ruptura brusca de gradiente condicionada por uma trama de falhas, ocasionando o confinamento de pequenos depósitos em alvéolos restritos ao ambiente fluvial.


A uniformidade topográfica da superfície dos pedimentos só é interrompida pelos relevos residuais em forma de inselbergs e alinhamentos de serras, com altitudes variando de 500 a mais de 900 m, testemunhos das antigas superfícies cenozóicas. Os relevos residuais apresentam-se orientados segundo as direções preferenciais da estrutura regional, NE-SW, formando vales profundos e encaixados, com controles estruturais indicando movimentação tectônica possivelmente neo-cenozóica associada à reativação de antigas estruturas com descida do nível de base a sudoeste e subida a noroeste, ocasionando perda de nascentes fluviais e captura de drenagem.

6.5 Características da cobertura vegetal e Altimetria

O município de Brejo da Madre de deus possui naturalmente dois tipos vegetacionais em dois diferentes tipos climáticos, a vegetação da região semiárida que é a Caatinga que está compreendida na maior parte do município e na região brejeira encontra-se a vegetação de Mata Atlântica compreendida em menor área do município. Também encontra-se na interface dos dois tipos vegetacionais uma vegetação de transição entre esses dois biomas.

O relevo do município de Brejo da Madre de Deus é atípico de outros municípios da região semiárida do Nordeste. Na região do brejo de altitude o relevo é altamente ondulado e declivoso, com serras de cotas altimétricas acima de 1000 metros acima do nível do mar. A medida que segue para região semiárida encontra-se bastantes áreas pediplaniziadas e pedimentadas.

6.6 Recursos hídricos do Município de Brejo da Madre de Deus

O município de Brejo da Madre de Deus encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos: Boi Manso, Doce ou Mulungu, das Barracas, da Jurema, Açudinho, dos Poços, Tabocas, Quixabeira, Fundo, do Brejo da Madre de Deus,
Mandacaru do Norte, Jacaré, da Cachoeira, Mandacaru do Sul, da Onça, Santana, Santo, Betume e Veado Podre. Os principais corpos de acumulação são os açudes: Machado (1.228.340 m³) e Oitís (3.020.159 m³). Todos os cursos d’água no município tem regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico (CPRM - Serviço Geológico do Brasil).

 A açudagem no semiárido nordestino se deve aos aspectos geológicos dada ao fado da camada cristalina impermeável ser próxima a superfície  servindo de revestimento de fundo das barragens como é o caso do açude do Oitis: Brejo da Madre de Deus.  Em primeiro plano vê-se o espelho d’água da represa - barragem na comunidade denominada Sítio Oitis, ao fundo escarpas cristalinas do grande conjunto geológico-geomorfológico denominado Planalto da Borborema. O espelho da água assenta-se sob uma massa de solo com embasamento cristalino impermeável. Grande parte dessa água represadas é para o uso de irrigação e lazer para população local, municipal e de outros municípios. Latitude S- 08º05’371; W- Longitude 36º22’464 e altitude 563 metros. Fonte: Henágio José da Silva, 2010.


6.6.1 Águas Subterrâneas

O município de Brejo da Madre de Deus está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural. O Domínio Fissural é composto de rochas do embasamento cristalino que englobam o subdomínio rochas metamórficas constituído do Complexo Belém do São Francisco, Complexo Vertentes, Complexo São Caetano, Suite Serra de Taquaritinga e do Complexo Salgadinho e o sub-domínio rochas ígneas da Suitecalcialcalina Itaporanga, Suite peraluminosa Xingó, Suites hosonítica Salgueiro-Terra Nova, Granitóides e da Suite Máfica (CPRM - Serviço Geológico do Brasil).


6.7 Características Climáticas do município de Brejo da Madre de Deus

Segundo os pesquisadores Rhaissa Francisca Tavares de Melo, Danielle Gomes da Silva e Prof. Dr. Antonio Carlos de Barros Corrêa as condições climáticas, em linhas gerais, não diferem das existentes no semiárido nordestino, onde as condições de extrema semiaridez transitam gradualmente para condições de maior umidade em função de posições topograficamente mais elevadas dentro da região. Tomando-se como ponto inicial à precipitação, a média anual no distrito de Fazenda Nova, a 509 m de altitude, situa-se em torno de 557,5 mm, com período seco de 7 a 8 meses de duração e os valores máximos de precipitação concentrando-se no trimestre março, abril e julho, totalizando 50% da precipitação anual. A sede municipal de Brejo da Madre de Deus registra 844 mm, concentrados nos meses de março a julho, com cerca de 75% do total de precipitação anual.

O clima é do tipo Tropical Semiárido com chuvas de verão; o período chuvoso tem início em novembro e término em abril, com precipitação média anual de 431,8 mm e; a temperatura média anual é equivalente a 22°C (BRASIL, 2005).

A ocorrência de concentração de precipitação acima de 100 mm em Brejo da Madre de Deus e Fazenda Nova nos meses de março/abril denota a influência da zona de convergência intertropical (ZCIT), que apresenta sua maior expansão nesses meses no hemisfério sul (cerca de 4ºS em média), como também pelas ondas de este (EW) e as correntes perturbadas de sul (FPA).


 Valores pluviométricos anuais da sede do município de Brejo da Madre de Deus do ano 1991 a 2000. Os valores da coluna a esquerda representam a pluviometria que vai de 0 a 1.600 mm; as colunas em cor azul com seus respectivos valores, representam as precipitações anuais da sede do município de Brejo da Madre de Deus e por fim na parte inferior a marcação do anos em que se deu as precipitações, nota-se uma variação das precipitações anuais, sendo assim uma localidade de muita irregularidade de chuvas. Tendo a maior precipitação no ano de 1985 atingindo 1.392 mm/ano e menor índice no ano de 1990 atingindo apenas 651 mm/dia. Fonte: EMATER; EBAPE e IPA (2011).


Valores pluviométricos anuais da sede do município de Brejo da Madre de Deus do ano 1991 a 2000. Os valores da coluna a esquerda representam a pluviometria que vai de 0 a 1.400 mm; as colunas em cor azul com seus respectivos valores, representam as precipitações anuais da sede do município e por fim na parte inferior a marcação do anos em que se deu as precipitações. Verifica-se a irregularidade pluviométrica, tendo seu maior índice no ano de 1997 atingindo 1.175,8 mm e com menor índice ocorrendo no ano de 1993 apresentando apenas 367,5 mm. Fonte: EMATER, EBAPE, IPA – Brejo da Madre de Deus, 2011.


Quanto à temperatura média anual, Fazenda Nova apresenta o valor de 22,7ºC,com médias máximas em novembro e dezembro de 31,7ºC e mínima em agosto e setembro, de 17,9ºC. Entretanto, em Brejo da Madre de Deus a temperatura média anual é de 22,2ºC, com médias máximas mais elevadas entre dezembro e janeiro de 23,5ºC, e mínimas entre julho, agosto e setembro, 16,5ºC. Essas temperaturas mais amenas são devidas principalmente à orografia. A seguir gráficos pluviométricos do município de Brejo da Madre de Deus, de sua sede do ano de 1984 a 2010 e de suas localidades rurais.

Os índices pluviométricos do município de Brejo da Madre são coletados no escritório local do Instituto Agronômico de Pernambuco– IPA, localizando no centro da cidade, ao lado da igreja Nossa Srª. do Bom Conselho, com os o par de coordenadas latitude S – 08º 08’ 58‖ e longitude W - 36º 22’ 13‖olocal está a 636 metros de altitude do nível do mar.

Nos índices nota-se que existe uma irregularidade nos quantitativos precipitados do ano de 1984 ao ano 2010, tendo com menor índice o ano de 1993 atingindo 367,5 mm e com o maior índice ocorrendo no ano de 1985 atingindo 1.392 mm, tendo uma diferença entre o maior e o maior índice de 1.024,5 mm, o quê representa uma extrema irregularidade. Observando os três gráfico pluviométricos acima, vê-se que nos últimos sete anos existem uma maior regularidade. Nos últimos 27 anos em que se mediu os índices pluviométricos na sede da cidade têm-se uma média de 976,0 mm/anual, o que representa uma média relativamente superior ao das médias das cidades do semiárido nordestino, característica essa que diferencia o município em estudo do seu entorno, sendo o mesmo localizado em um brejo de altitude, fator esse que proporciona esses índices pluviométricos.


Índices pluviométricos anual da sede e das áreas rurais do município de Brejo da Madre de Deus do ano 2010. O gráfico apresenta em sua coluna da esquerda os índices pluviométricos referencias de 0 a 1.800 mm, no centro, observam-se na parte superior os quantitativos pluviométricos em mm e na parte inferior as localidades onde existem pluviômetros e por fim na coluna da direita a legenda, sendo representada por cores que indicam cada região do município. Fonte: IPA e CONDESB – Brejo da Madre de Deus, 2010.

Nota-se que no gráfico acima existem colunas com quatro cores diferentes. As colunas vermelhas representam a região brejeira (Xéu, Ladeira Preta, Cavalo Ruço e Amaro) com índices pluviométricos mais expressivos chegando a atingir na comunidade de Ladeira Preta 1.644 mm/ano, as colunas de cor azul representam a região semiárida do município (Brejinho, Paridas, São Paulo, São Domingo, Queimadas e Baraúnas) tendo os índices de chuvas de menor expressividade, com índice na comunidade de queimadas atingindo apenas 395 mm/ano, a coluna de cor amarela representa uma comunidade localizada na área de interface entre a região brejeira e a semiárida, tendo seu índice de chuva alcançando 1.128 mm/ano e por fim a coluna de cor preta representa a sede do município que atingiu 1.314,8 mm/ano. No gráfico verifica-se a diferença pluviométrica de diferentes regiões do município em especial o quantitativo pluviométrico que atinge os brejos de altitude.

6.8 Características Agropecuária e Fundiária do município de Brejo da Madre de Deus

A Agropecuária contribui com 9,754% (Fonte – IBGE – Censo 2007) do Produto Interno Bruto do Município. Exploram tradicionalmente as culturas de milho e feijão, especialmente nos Distritos de Mandaçaia, Fazenda Nova e praticamente em todo setor centro norte do município.

A área na região Brejeira, antes densamente coberta por fruteiras, café e mandioca, encontra-se hoje bastante descoberta, sendo transformadas em pequenas áreas de cultivo de hortaliças ( coentro, alface, cebolinha, chuchu, etc), a prática de agricultura orgânica vem sendo uma atividade implantada em pequenas áreas e como principal atividade agrícola o cultivo de banana da variedade Prata e Prata Pacovã que possui prática de manejo tradicional com baixo nível tecnológico, a atividade que vem tendo destaque é a produção de morango cujo área se estima aproximadamente 4 hectares com bom nível tecnológico na irrigação, adubação, preparo do solo e outras práticas de cultivo. Na região também vêm surgindo a atividade pecuária com a criação de gado bovino para corte, nas áreas com alto declive o que vem causando degradação física do solo.

Áreas ribeirinhas ao Rio de Tabocas pertencentes aos Distritos de Barra do Farias e Mandaçaia apresentam predominância do criatório bovino, especialmente leiteiro. Há no Município uma tradição de mais de 40 anos no que concerne à disseminação da prática de agricultura irrigada, exercendo influência nessa área sobre os Municípios de Belo Jardim e Jataúba, com predomínio das culturas de repolho, tomate, cenoura e beterraba, já tradicionais no município de origem e nos demais. Face às secas cíclicas ocorridas com maior frequência na região, essas culturas, que constituíam a base econômica do município, chegou-se a explorar a cenoura em três plantios anuais, perfazendo uma área física de cerca de 300 ha/ano, ocorreu um sensível declínio chegando-se a estimar (ano de 2010) a área de cenoura, em 50 hs.


No quadrro ver-se que a produção Agrícola do município de Brejo da Madre de Deus do ano de 2009. Na primeira coluna vê-se a descriminação das culturas agrícolas de destaque do município, na segunda coluna relaciona-se o total de área colhida em hectares, na terceira coluna verifica-se a quantidade produzida em Kg, na quarta coluna observa-se o rendimento médio em Kg/ha e por fim vê-se na última coluna o quantitativo em reais (R$) por cada cultura. Na tabela verifica-se que a cultura que ocupou mais áreas foi o feijão atingindo 900 ha e o milho atingindo 800 ha, mas essas culturas apresenta uma baixa produtividade pela técnica rudimentar de cultivo. Já a atividade que gerou mais resultados econômicos foi o cultivo de tomate atingindo R$ 1.690.000,00 reais, sendo essa atividade desenvolvida por agricultores empresariais e de outros municípios em sua maioria. E a cultura mais expressiva na região brejeira foi a cultura da banana atingindo 350 hectares. Fonte: IBGE, Censo 2009.


Rebanho pecuário do município de Brejo da Madre de Deus em 2009. A coluna da esquerda descrimina as espécies animais e da direita o quantitativo do efetivo animal. Nota-se que o rebanho de animais que apresenta maior efetivo é de aves (Galos, frangas, frangos e pintos) com 30.500 animais que são produzidos por diversas famílias de agricultores familiares, já o rebanho bovino totaliza 9.300 animais entre macho e fêmeas. Fonte: IBGE, Censo 2009.

Com relação a situação fundiária do município a quantidade de propriedades existentes no município chega a 1.620 (IBGE, 2006) propriedades registradas, concentrando essa quantidade nas pequenas propriedades. Em 1995 a maior concentração no número de propriedades estava nas áreas de menos de 10 hectares com quase 80%.


Quantitativo de propriedades (por áreas) do município de Brejo da Madre de Deus. Na primeira coluna nota-se o total de propriedades registradas, na segunda coluna o total de propriedades com menos 10 hectares, na terceira coluna o total de propriedades com áreas entre 10 à 100 hectares, na quarta coluna o total de propriedades entre 1.000 á 10.000 hectares por fim a coluna com total de propriedades que ultrapassa 10.000 hectares. Nota-se que o maior quantitativo de propriedades está em áreas com menos 10 ha totalizando 1.263 propriedades o quê significa que o município tem sua maioria das propriedades de pequenas áreas pertencentes a agricultores familiares e que apresentam menos de quatro módulos fiscais (cada módulo fiscal são 20 ha na região) as mesmas se enquadrando dentro das características do PRONAF – Programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar. Já com relação a latifúndios existem 62 propriedades e apenas uma com mais de 1.000 ha. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Agropecuário / BDE – Base de Dados do Estado (Período de referência: 1995).

7 Características do brejo de altitude do Município de Brejo da Madre de Deus

Nessas porções úmidas que ocupam a parte sul do município com aproximadamente 70 km², localiza-se o objeto de estudo, denominado Região Brejeira, na qual, constitui uma área de exceção, com cotas altimétricas variando de 700 m à 1.100, (1195 alguns autores) m de altitude. Por conta da altitude e consequente umidade, prevalece uma flora com características fisiográfica de enclaves da Mata Atlântica, formando ilhas de floresta úmida em plena região semiárida cercadas por vegetação de caatinga, tendo uma condição climática bastante atípica com relação à umidade, temperatura e vegetação e com pouco conhecimento sobre sua vegetação e ecologia (Lins, 1979).

A região possui apenas um distrito, Cavalo Ruço a 4 Km da Sede, onde existe infraestrutura de calçamento, posto de saúde, escola. Segundo as informações da técnica em enfermagem do Posto de Saúde da Família – PSF, na região do brejo de altitude existem 892 famílias, totalizando uma população de 3.568 habitantes.
Os demais povoados são sítios sem infraestrutura básica, alguns tendo apenas grupo escolar. São as localidades que compõe a região brejeira: Conceição, São Francisco, Genipapo, Preguiça, Xéu, Almas, Rosário, Piedade, Ladeira Preta, Santa Rosa, Bitury, Cajueiro, Bituriznho, Cavalo Ruço, Livramento, Pacote, Cafundó, Boa Vista, Pedra Grande, Amaro, Chã do Amaro, Teixeira, Navalha de Cima, Boi, Lages, São Gonçalo, Arara de Dentro e Navalha de Baixo. O escritório local do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, estima uma quantidade de propriedade nessa região, em torno das 200 unidades produtivas, um pouco mais que 10% do total municipal.

7.1 Características naturais do brejo de altitude da Madre de Deus

A vegetação natural da região brejeira é a mata Atlântica subcaducifólia, que praticamente não existe mais, sendo substituída pelas atividades agrícolas e pecuárias ou pelo simples desmatamento para uso da madeira. Hoje existe uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, essa área ocupa uma área de 173 Ha na localidade do Biturí, sendo essa a única reserva de preservação na região brejeira.

Os recursos hídricos na região brejeira são bastante presente e abundante, existem várias nascentes perenes bem distribuídas em toda região brejeira que são utilizadas para consumo humano e abastecem os rios do município Laranjeira, Tabocas e Açudinho.


Na localidade de Santana existem duas barragem que abastecem o município, ambas administrada pela COMPESA, o rio mais expressivos da região é o Laranjeira que nasce na localidade de Cavalo Russo e passa por dentro da cidade. Todos recursos hídricos do município tem suas origem na região brejeira o a torna uma área especial e que deve ser bem preservada. Praticamente todas as nascentes, rios, riachos estão desprotegidas, pois suas matas ciliares já foram removidas, um projeto recentemente executado pelo Conselho de Desenvolvimento Sustentável – CONDESB e financiado pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, para reposição das matas ciliares desses olhos d’águas.

A área é fortemente ondulada o que impossibilita a prática da agricultura e muito menos da pecuária. A região possui várias serras com cotas altimétricas que ultrapassam os 1000 metros, como a Serra da Prata com seus 1050 metros, a Serra do Ponto com 1195 metros e a Serra do Estrago com 895 metros de altitude.



Fuguras 22 e 23Paisagens naturais comuns na região brejeira com serras. Na imagem 22 ao fundo vê-se a Serra da Prata, nota-se a forte ondulação da região e nível de perda de vegetação para implantação de pastagem para exploração da pecuária bovina. Na imagem 23 observa-se em segundo plano a Serra do Ponto maciço cristalino do período pré-cambriano, na vista esquerda da serra corredor d’água descendo serra a baixo. Ambas localidades com respectivas coordenadas: Latitude S- 08º09’094‖,W- Longitude: 36º21’550‖e altitude de 1020 metros; Latitude S-08º09’606‖ e Longitude W- 36º23’527‖ com altitude de 1195 metros. sendo o ponto mais alto do Estado de Pernambuco(IBGE). Fonte: Henágio José da Silva, 2011.



Pela elevação da área existem vários corredores d’água e uma delas é a cachoeira que é um ponto de lazer para localidade, para a população municipal e para os turistas, com corrente d’água perene denominada São Francisco.


Figura 25: Vêr-se a cachoeira de São Francisco, na localidade que possui mesmo nome, cachoeira que é afluente do rio Tabocas e fonte de Lazer para população da localidade e espaço muito visitado por turistas de cidades vizinhas. Nota-se pouca vegetação nas bordas da cachoeira, retirada para uso da madeira uma vez que para a prática agrícola é inviável pelo grande afloramento rochoso-granítico. Latitude S- 08º10’040‖, Longitude W- 36º21’193‖ e com altitude de 720 metros. Fonte: Henágio José da Silva, 2010.


7.2 Características Pedológicas do Brejo de Altitude da Madre de Deus

Segundo a Classificação de solo da EMBRAPA o solo da Região Brejeira é o Podzólico Vermelho – Amarelo, ver mapa pedológico do município, com a nova classificação do Sistema Brasileiro de Classificação de Solo–SIBCs da EMBRAPA passa a ser Argissolo Vermelho - amarelo.


Figura 26 e 27: Vê-se nas duas imagens o perfil do solo Argissolo, Na foto 26 a esquerda, nota-se um corte no solo, possibilita a identificação de diversos horizontes, de cima para baixo, o horizonte O denominado orgânico, devido a alta decomposição de massa biológica; o horizonte A na representado pela vermelha. Na imagem 27 a direita vê-se de cima para baixo o horizonte ―O‖ denominado orgânico com poucos centímetros, o horizonte A com aproximadamente 25 cm de cor marrom e o horizonte B 180 cm de cor vermelho. Localização: Sítio Livramento Latitude S - 08°10'25‖, Longitude W - 36°23'11‖ – 844 Metros de altitude; Sítio Amaro Latitude S 08°10'16‖ e Longitude W - 36°23'32‖ – 951 Metros de altitude, respectivamente. Fonte: Henágio José da Silva, 2011

7.3 Características Agropecuárias do Brejo de Altitude de Brejo da Madre de Deus

Historicamente as primeiras atividades agrícolas na região brejeira foram: o cultivo de cana de açúcar, seguido do cultivo de café sombreado que teve sua grande importância. No presente as principais atividades agrícolas são a produção de olerícolas em geral (alface, couve, chuchu, cenoura, beterraba, coentro, cebolinha) em pequenas áreas que são cultivadas nos melhores locais, pé de serra e várzeas.

O cultivo da banana é a principal atividade, existindo em quase todas unidades produtivas, o manejo é tradicional com práticas arcaicas, sem pouca inovação tecnológica no cultivo, sendo os bananais antigos com baixa produtividade.

Uma atividade que vem surgindo na região por apresentar condições edafoclimáticas favoráveis ao cultivo é a produção do morango, que possui bom padrão tecnológico com uso de irrigação localizada, preparo do solo com base na análise do mesmo, com mulching para proteção dos frutos e interrupção do nascimento de ervas daninhas e uma adubação adequada.

Também a produção de hortaliças de forma orgânica se destaca na região atualmente três produtores cultivam nesse sistema as mais diversas variedades de hortaliças e frutas.
Uma atividade relativamente recente na região é a pecuária bovina de corte, que vem tomando grande espaço nesse cenário de brejo de altitude, em sistemas semiextensivo de criação, com áreas desmatadas nas serras para implantação de capim para pastejo dos animais, sendo atualmente uma das atividades que mais ocupam os solos da região.

7.4 Desgaste e uso inadequado do solo no Brejo de Altitude da Madre de Deus

A região do brejo de Altitude por ter muito presente em seu espaço uma topografia fortemente ondulada, com serras, e poucas áreas de várzea nos fundo dos vales, a prática agrícola se torna economicamente e ecologicamente inviável, pois as atividades em encostas dificulta a mão de obra, uso de máquinas e se desgasta com maior facilidade causando a diminuição da produtividade de qualquer atividade agrícola implantada nesses locais. Apesar dessas condições topográficas o homem insiste em utilizar esses espaços para produção agropecuária.

A maioria dos agricultores tem em suas propriedades diversos estágios de degradação do solo causado pelo uno inadequado desse recurso natural. O cultivo de ladeira a baixo nas encostas das serras, o desmatamento descontrolado nos topos dos morros e nas proximidades dos espelhos d’águas que são Áreas de Proteção Permanente – APP’s, causam o desgaste do solo. A atividade pecuária de criação de bovino de corte que vem causando grande pressão aos espaços úmidos do brejo de altitude, com a retirada da vegetação que nem mais é a original para inversão com capim para pastejo animal, na maioria das vezes em áreas impróprias para essa atividade, que são implantadas nas encostas das serras, causando primeiro a descoberta do solo no período do desmatamento, em seguida o pisoteio bovino acarretando a compactação do solo o que facilita o escorrimento das águas da chuva provocando erosões por sulco com posterior voçoroca.

Também o uso da argila para produção de tijolos manuais vem causando impactos no solo, uma vez que não se faz nenhum estudo para uma retirada controlada desse recurso. Causando a degradação do solo por desprotegê-lo retirando a vegetação e cortando as barreiras expondo as camadas inferiores do solo.

8. O caso do Comunidade Amaro

A comunidade do Amaro está situada na Região Brejeira do Município distante de sede 9 Km no sentido sudoeste. Entre as Coordenadas Latitude S – 08º10’12‖ e Longitude W – 36º23’ 38‖ em 935 metros de altitude no seu ponto inicial tendo como base a sede do município e as coordenadas Latitude S – 08º08’53‖ e Longitude W – 36º24’ 21‖ em 919 metros de altitude. Segundo o IPA – LOCAL a comunidade possui 42 famílias com aproximadamente 200 pessoas morando na localidade, tendo 60% dos homens e 40% das mulheres.

Com relação aos serviços básicos na comunidade destaca-se que existe um agente de saúde que faz monitoramento na comunidade, um grupo escolar com ensino fundamental até a 4ª série, não existem saneamento nem sistema de abastecimento de água, as famílias se abastecem de água através das nascentes locais e o sistema de esgotamento é particular com fossas sépticas, existe sistemaCom relação aos serviços básicos na comunidade destaca-se que existe um agente de saúde que faz monitoramento na comunidade, um grupo escolar com ensino fundamental até a 4ª série, não existem saneamento nem sistema de abastecimento de água, as famílias se abastecem de água através das nascentes locais e o sistema de esgotamento é particular com fossas sépticas, existe sistema  de eletrificação trifásica em toda comunidade atendendo aos domicílios e a produção agrícola. Como saneamento básico encontramos algumas casas com fossa séptica (IPA, 2010 - PAM - Plano de Ação Municipal).

A comunidade apresenta um grande potencial hídrico com nascentes e um rio perene, o Rio Amaro. Apesar de não haver reservatórios de grande porte, há abundância de água. A vegetação de mata atlântica é explorada insustentavelmente com praticamente todo formação primária já retirada, a topografia bastante acidentada, mas com áreas próximas aos afloramentos rochosos, propícias para o cultivo, as várzeas. 

A atividade agrícola explorada no Amaro é bastante diversificada entre frutas, legumes, raízes, entre elas se destacam: banana, morango, manga, abacate, laranja, chuchu, cenoura, repolho, batata doce, cebola, cebolinha, coentro, macaxeira, inhame, beterraba, etc. Há dois produtores de hortaliças orgânica associado a organização Terra Fértil – associação dos produtores orgânico do município, mas o destaque principal na produção agrícola é o cultivo de banana ainda em sistema com pouca tecnologia e plantios antigos e a produção do morango com tecnologia moderna, irrigação, adubação e tratos culturais. Com relação a atividade pecuária hoje se destaca a criação de bovinos num sistema semiextensivo que hoje ocupa uma grande área da localidade. O desgaste do solo vem sendo um grande problema na comunidade, principalmente pela ocupação das terras com alto declive pela prática agrícola e principalmente pela pecuária nas áreas de pastejo.

9 MATERIAL E MÉTODO

Essa pesquisa foi realizada em duas fases distintas, uma primeira relacionada coleta de materiais abrangendo pesquisa bibliográfica, nessa visa coletar material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet, relacionado ao tema a ser pesquisado, para apropriação teórica do conteúdo e composição do mesmo.
Em outro momento, a pesquisa foi realizada no estudo de caso da comunidade do Amaro, região brejeira do município, visitou-se todas as propriedades da comunidade, totalizando 21 propriedades, onde foi entrevistado um dos membros da família. Utilizou-se uma ficha de pesquisa com 14 questionamentos diretamente ligados as formas de uso da terra pelos agricultores. A pesquisa de campo foi fundamental para testar a hipótese, buscando as possibilidades de identificar no município de Brejo da Madre de Deus a causa relacionada a degradação do solo por impactos ambientais , a saber, queimadas, desmatamento, uso de herbicida e técnicas de produção, irrigação, curva de nível e aração, condições que foram detectadas em campo, porém com perfil bastante particular discutido e exposto nos resultados.
Quanto as dificuldades encontradas na pesquisa, foi encontrar um método para organização dos dados de campo e sua posterior interpretação.


10.4 Desmatamento para Cultivo As Áreas de: Topo De Morro, Encosta, Margem de Rio e Cacimba.


Os agricultores que desmatam as áreas impróprias para o uso na agropecuária na comunidade do Amaro, segundo os mesmos admitem desmatar porque querem utilizar toda a área da propriedade, outro motivo citado foi porque os agricultores só tem aquelas áreas para a prática agropecuária, principalmente por serem essas propriedades de dimensões relativamente pequenas, outros citam serem as melhores áreas e outros acham que não faz mal o uso de terras situadas em áreas de preservação permanente.

10.5 Prática da curva de nível
A curva de nível é uma técnica antiga de conservação do solo, usada para possibilitar a redução dos processos erosivos, todas as áreas com declive devem ser usado curva de nível que pode ser realizada com uso de máquinas de precisão como teodolito ou por aparelhos adaptados e de simples confecção e uso como o pé-de-galinha. Nota-se que mais de 95% dos agricultores da comunidade do Amaro não utilizam essa técnica. 

10.6 Aração do solo

Nota-se que a forma de aração é adota por 76% dos agricultores do sítio Amaro, sendo mais comum nas propriedades de dimensão entre 0,5 e 20 hectares. A forma mais praticada pelos agricultores do Amaro é a utilização de tração animal, motivo principal pela forte declividade das áreas o que dificulta a aração por trator. Na verdade só deveriam ser aradas as áreas de várzeas, pois a aração em área de declive facilita o processo de erosão. Percebe-se ainda o uso de força humana para revolver o solo com a utilização de enxada. Por fim existem agricultores que não usam aração, motivo esse porque os solos já estão ocupados por bananeiras e pasto para bovino.

10.7 Forma de Irrigação utilizada pelos agricultores

Nota-se que a irrigação é adotada por 52% dos agricultores do sítio Amaro e que mais comum nas propriedades de dimensão entre 0,5 a 20 hectares. A forma de irrigação mais utilizada é a de aspersão, esse tipo de irrigação causa muito dano ao solo, pois os jatos d’água lançados pelo aspersores são grossos causando impacto e desagregação das partículas do solo facilitando os processos erosivos. Na comunidade inicia-se o uso de irrigação localizada por microaspersão que lançam jatos d’água pequenos e finos causando pouco dano ao solo, pois não desagregam as partículas do solo.


10.8 Trabalho agrícola nas áreas de alto declive

A região por ser de constante declividade os agricultores utilizam bastante essas áreas, mais de 80% dos agricultores utilizam esses espaços de declive para a prática agrícola. Para o cultivo agrícola essas áreas são de extrema fragilidade, pois os processos erosivos em declive acentuado são acelerados pela força da gravidade, também essas áreas deveriam ser de preservação mantendo a vegetação original que quase não existem mais. Nota-se que o uso das áreas de declive para a agricultura é com em praticamente todas as dimensões de propriedades, não tendo uma faixa de tamanho de propriedade que seja mais representativo para esse uso.


10.9 Pecuária em área de alto declive

A utilização de áreas de alto declive para a atividade pecuária vem se tornando uma prática comum na comunidade do Amaro, tendo 71% dos agricultores envolvidos nessa atividade em áreas impróprias, sendo mais comum nas propriedades de dimensão entre 11 a 30 hectares por serem relativamente grande nessa região.

Sobre os motivos em que os agricultores implantam as áreas de pastejo para os bovinos, 15 criadores utilizam dessas áreas por que querem aproveitar todo terreno, dessa forma utilizam áreas impróprias para essa prática, 10 criadores disseram que usam as áreas declive acentuado por que as terras são pequenas e só possuem aquelas áreas, 10 agricultores enfatizaram que as áreas de declive são as melhores áreas do terreno para a criação de bovinos e 3 criadores falaram que utilizar áreas de declive não causa nenhum problema para o solo.

11 CONCLUSÃO
Diante da análise em decorrência dos dados obtidos chega-se ao resultado que no Brejo de Altitude do Município de Brejo da Madre de Deus, particularmente no estudo de caso da comunidade do Amaro que:
 O uso de técnicas arcaicas de preparo do solo com a queimada e o uso de herbicida como técnica moderna para combate das ervas daninha estão proporcionando o desgaste do solo diminuindo a vida microbiana e matéria orgânica como também favorecendo a retirada da cobertura do solo expondo-o as intempéries do clima;
 Os solos estão sendo usados de forma imprópria, incompatível no que diz respeito as normas de conservação de solo e preservação ambiental através da retirada da cobertura vegetal original das áreas de declive acentuado;
 O uso de técnicas de produção agrícola como irrigação que está sendo utilizada em áreas de declive acentuado e com sistema de irrigação em sua maioria dos casos com aspersão que causa o desagregação das partículas do solo e aração do solo que mesmo sendo a tração animal facilita os processos erosivos;
 A falta de utilização de técnicas de conservação de solo como a curva de nível que possibilita a diminuição do desgaste do solo por erosão;
 As culturas implantadas em áreas de alta declividade estão possibilitando a eficiência do processo erosivo, causando o enfraquecimento do solo e a perda da produtividade;
 A atividade pecuária bovina está ocupando espaços indevidos para essa prática que apresenta condições edafoclimáticas desfavoráveis para a mesma.

Falta referenciar

RODRIGUES, N.M; PEREIRA, H. BREJO DE ALTITUDE DO MUNICÍPIO DO BREJO DA MADRE DE DEUS - PE E A DEGRADAÇÃO DO SOLO - O CASO DA COMUNIDADE DO AMARO.  T.C.C. FABEJA, 2003.

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